Da VEJA
A edição de VEJA com a retrospectiva do (longo) ano de 2016
traz em sua capa uma paródia do quadro Guernica, obra-prima de Pablo Picasso
que retrata o drama da cidade bombardeada durante a Guerra Civil Espanhola.
Em vez de cavalos, touros e mulheres chorosas em meio a um
sofrimento excruciante, a ilustração de VEJA traz o fim fulminante de Dilma
Rousseff, o triunfo assustador de Donald Trump, a ascensão de Michel Temer, o
desespero incontido de Eduardo Cunha, Luiz Inácio Lula da Silva e Anthony
Garotinho – e uma lágrima no rosto de todos os que morreram no ano.
A ilustração, de Eco Moliterno, foi fatiada em quatro capas
diferentes, que, colocadas lado a lado, compõem a imagem completa. O resultado
pode ser visto na reprodução acima. O leitor, em visita à banca de revistas,
poderá escolher qual das capas prefere levar para casa.
A Guernica de 2016 pareceu uma síntese adequada para um ano
que também nos apresentou os horrores da guerra, como mostraram as imagens
dramáticas do cerco a Alepo, na Síria, e a sucessão interminável de atentados.
Mas, para além das catástrofes bélico-terroristas, a paródia
de Guernica remete às disputas renhidas no Brasil, com seu rastro de
ressentimento e ódio, e às inquietudes universais sobre o futuro do planeta,
diante da eleição de Trump e do avanço da direita populista na Europa, com seu
rastro de isolacionismo, preconceito e intolerância.
Para ler a reportagem na íntegra, compre a edição desta
semana de VEJA que já está nas bancas.
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