terça-feira, 27 de dezembro de 2016

COMBATE À SECA

Do G1, AL
O presidente Michel Temer (PMDB) anunciou nesta terça-feira (27), em Maceió, a destinação de R$ 756 milhões para combater a seca em 15 estados do semiárido brasileiro e da Amazônia (confira na tabela). Do lado de fora, manifestantes fizeram um protesto contra o peemedebista.
Para ajudar a minimizar os efeitos da estiagem prolongada em diversos municípios, cerca de R$ 250 milhões são da repatriação de dinheiro mantido por brasileiros no exterior. Outros R$ 255 milhões da reativação de 40 convênios entre o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, estados e municípios e o restante está previsto na Lei Orçamentária Anual de 2017.
"Vocês ouviram aqui um grande debate de tudo o que o governo federal está fazendo para o Nordeste. Naturalmente, tudo isso passa pela minha mesa. É que eu tenho um objetivo e um sonho. Meu objetivo e meu sonho é que, ao final do meu mandato, que embora sendo eu de São Paulo, vocês possam dizer que esse foi o maior presidente nordestino que passou pelo Brasil", disse Temer.
De acordo com o governo do estado, Alagoas receberá mais de R$ 67 milhões deste montante, que serão investidos na instalação de 500 cisternas nas escolas do Agreste e do Sertão.
Também participaram da solenidade no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, no bairro de Jaraguá, o governador de Alagoas, Renan Filho (PMDB), o prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), ministros, o governador da Bahia, o vice-governador de Pernambuco, e prefeitos de outros municípios.
O ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra (PMDB), foi um dos que participaram da solenidade. Ele afirma que nenhuma escola no Nordeste ficará sem cisterna para armazenar água. "São sete mil escolas com cisternas. Vamos comprar 76,5 mil cisternas para famílias".
Relação com o congresso
Esta foi a segunda visita de Temer ao Nordeste desde que assumiu o comando do país, após o impeachment de Dilma Rousseff (PT). Ele ressaltou a importância do bom diálogo com o Congresso Nacional para aprovar as medidas necessárias para tirar o país da crise.
"Nós estamos em uma recessão muito grande e nós temos que combatê-la. E para combatê-la, nós temos que ter uma interlocução muito grande com o Congresso Nacional. E para ter essa interlocução, nós precisamos ter diálogo. Então, primeira palavra que movimenta, que mobiliza o nosso governo, é a palavra diálogo. Nós conversamos como ninguém com o congresso nacional", disse.
"Na democracia é assim, ninguém governa sozinho. Você governa com o Congresso Nacional e graças a Deus e graças a compreensão do Congresso Nacional, as medidas que temos mandado para lá têm sido rapidamente aprovadas com índice superior a 88%. É o maior índice de apoio que o Executivo Federal teve ao longo dos tempos”, avaliou o presidente.
Protesto
Enquanto acontecia o evento para o anúncio da verba de combate à seca, dezenas de pessoas protestavam do lado de fora. Foram cerca de 150 manifetantes, segundo os organizadores. A Polícia Militar não deu estimativa.
Com faixas, cartazes e um carro de som, eles pediam a saída de Temer da presidência da República. O estudante de sistemas de informação Arany Fernando, 22, do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), levou um cartaz com uma mensagem dizendo que o governo de Temer era um 'golpe no Brasil'. "Estou aqui para lutar pelos nossos direitos trabalhistas e contra a reforma da previdência", afirmou.
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