Do G1, AL
O presidente Michel Temer (PMDB) anunciou nesta terça-feira
(27), em Maceió, a destinação de R$ 756 milhões para combater a seca em 15
estados do semiárido brasileiro e da Amazônia (confira na tabela). Do lado de
fora, manifestantes fizeram um protesto contra o peemedebista.
Para ajudar a minimizar os efeitos da estiagem prolongada em
diversos municípios, cerca de R$ 250 milhões são da repatriação de dinheiro
mantido por brasileiros no exterior. Outros R$ 255 milhões da reativação de 40
convênios entre o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, estados e
municípios e o restante está previsto na Lei Orçamentária Anual de 2017.
"Vocês ouviram aqui um grande debate de tudo o que o
governo federal está fazendo para o Nordeste. Naturalmente, tudo isso passa
pela minha mesa. É que eu tenho um objetivo e um sonho. Meu objetivo e meu
sonho é que, ao final do meu mandato, que embora sendo eu de São Paulo, vocês
possam dizer que esse foi o maior presidente nordestino que passou pelo
Brasil", disse Temer.
De acordo com o governo do estado, Alagoas receberá mais de
R$ 67 milhões deste montante, que serão investidos na instalação de 500
cisternas nas escolas do Agreste e do Sertão.
Também participaram da solenidade no Centro Cultural e de
Exposições Ruth Cardoso, no bairro de Jaraguá, o governador de Alagoas, Renan
Filho (PMDB), o prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), ministros, o
governador da Bahia, o vice-governador de Pernambuco, e prefeitos de outros
municípios.
O ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra
(PMDB), foi um dos que participaram da solenidade. Ele afirma que nenhuma
escola no Nordeste ficará sem cisterna para armazenar água. "São sete mil
escolas com cisternas. Vamos comprar 76,5 mil cisternas para famílias".
Relação com o congresso
Esta foi a segunda visita de Temer ao Nordeste desde que
assumiu o comando do país, após o impeachment de Dilma Rousseff (PT). Ele
ressaltou a importância do bom diálogo com o Congresso Nacional para aprovar as
medidas necessárias para tirar o país da crise.
"Nós estamos em uma recessão muito grande e nós temos
que combatê-la. E para combatê-la, nós temos que ter uma interlocução muito
grande com o Congresso Nacional. E para ter essa interlocução, nós precisamos
ter diálogo. Então, primeira palavra que movimenta, que mobiliza o nosso
governo, é a palavra diálogo. Nós conversamos como ninguém com o congresso
nacional", disse.
"Na democracia é assim, ninguém governa sozinho. Você
governa com o Congresso Nacional e graças a Deus e graças a compreensão do
Congresso Nacional, as medidas que temos mandado para lá têm sido rapidamente
aprovadas com índice superior a 88%. É o maior índice de apoio que o Executivo
Federal teve ao longo dos tempos”, avaliou o presidente.
Protesto
Enquanto acontecia o evento para o anúncio da verba de
combate à seca, dezenas de pessoas protestavam do lado de fora. Foram cerca de
150 manifetantes, segundo os organizadores. A Polícia Militar não deu
estimativa.
Com faixas, cartazes e um carro de som, eles pediam a saída
de Temer da presidência da República. O estudante de sistemas de informação
Arany Fernando, 22, do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), levou um cartaz com
uma mensagem dizendo que o governo de Temer era um 'golpe no Brasil'.
"Estou aqui para lutar pelos nossos direitos trabalhistas e contra a
reforma da previdência", afirmou.
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