quarta-feira, 22 de março de 2017

ATAQUE TERRORISTA

Um ataque terrorista deixou ao menos quatro mortos, incluindo o agressor, e vários feridos e fechou o Parlamento britânico na tarde desta quarta-feira (22), em uma área das zonas mais turísticas de Londres.
Mark Rowley, chefe das operações antiterroristas da Polícia Metropolitana de Londres, confirmou que o suspeito está entre as quatro vítimas. Um dos mortos é um policial; outras duas pessoas morreram na ponte Westminster. Pelo menos 40 pessoas ficaram feridas. Rowley disse ainda que a polícia acredita que o terrorista agiu sozinho.
Inicialmente, foi informado que cinco pessoas morreram no ataque, mas o número foi revisado para quatro no fim do dia: uma mulher de 43 anos, um homem de cerca de 50, o policial que foi esfaqueado e o autor do atentado.
O ataque começou na ponte Westminster, que cruza o rio Tâmisa e dá acesso ao Parlamento, onde pessoas foram atropeladas por um carro. Em seguida, o motorista bateu contra as grades do Parlamento e teria tentado entrar no prédio com uma faca antes de ser atingido pela polícia nos jardins do Parlamento, onde feriu policiais, e levado a um hospital, onde morreu.
A morte de uma mulher, que teria sido encontrada debaixo das rodas de um ônibus, foi confirmada pelo St Thomas' Hospital. O hospital também afirmou que alguns dos feridos estão em situação "catastrófica".
 A primeira-ministra do país, Theresa May, se encontrava no Parlamento na hora do incidente, que ocorreu depois da sessão semanal na Câmara de perguntas à premiê. Ela vai conduzir uma reunião de emergência do comitê de segurança do governo nesta quarta-feira.
Em nota, o governo brasileiro informou que não há registro de brasileiros entre as vítimas.
Testemunhas afirmam que dois policiais teriam tentado conter o autor do ataque, aparentemente um homem de meia-idade, sendo que um deles caiu no chão logo depois.
"O outro começou a pedir ajuda, enquanto o agressor prosseguia sua corrida rumo à entrada do Parlamento. Dois homens à paisana e armados com pistola primeiro o intimaram a parar, depois dispararam duas ou três vezes, e ele caiu", contou à rede BBC a testemunha Quentin Letts. Segundo ele, o homem era robusto e estava vestido de preto.
Três estudantes franceses estão entre os feridos, informou o primeiro-ministro da França, Bernard Cazeneuve. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, os alunos são da escola Saint-Joseph de Concarneau, de Finistère, que fica na região da Bretanha.
Uma mulher foi retirada do rio Tâmisa viva após o atentado e está em tratamento com ferimentos graves. Ainda não está claro se ela caiu ou saltou da ponte durante o atropelamento. O rio foi fechado para todo tráfego não emergencial na área.
A Polícia Metropolitana de Londres disse que está tratando o incidente como "terrorismo" e confirmou que seus agentes foram acionados às 14h40 (11h40 de Brasília) e foram para a ponte Westminster. "Os policiais --incluindo policiais armados-- permanecem no local e nós estamos tratando isto como um incidente terrorista até que tenhamos informações contrárias," disse a polícia em comunicado.
Um helicóptero pousou no gramado em frente ao edifício para participar do atendimento aos feridos. Ambulâncias e carros de polícia cercaram a região, que ficou completamente fechada.
A estação metrô de Westminster que fica perto do local também foi fechada a pedido da polícia. A London Eye, a roda gigante que é uma atração turística e que fica oposta ao Parlamento, do outro lado da ponte, foi fechada com vários turistas ainda a bordo. Eles tiveram que aguardar cerca de três horas até que pudessem desembarcar.
As entradas do Palácio de Buckingham, residência oficial da rainha Elizabeth 2ª, foram fechadas após o ataque no Parlamento do Reino Unido. A sede da monarquia também teve sua segurança reforçada. A monarca estaria dentro do edifício.
Pelo Twitter, o premiê francês, François Hollande, expressou "solidariedade" aos britânicos neste momento "terrível" e disse que todos os franceses estão "prestando apoio" ao país.
O ataque aconteceu no mesmo dia em que a Bélgica e as instituições da União Europeia homenagearam as vítimas dos atentados terroristas de Bruxelas, ocorrido há um ano e que deixaram 32 mortos e 320 feridos.
Além disso, o tiroteio ocorreu um dia depois que, por motivos de segurança, o Reino Unido se somou aos Estados Unidos na decisão de proibir computadores portáteis e outros aparelhos eletrônicos nas bagagens de cabine de alguns voos diretos procedentes de Turquia, Líbano, Jordânia, Egito, Tunísia e Arábia Saudita.
O Parlamento autônomo da Escócia cancelou nesta quarta-feira a sessão na qual decidiria se apoiaria um novo referendo sobre a independência do Reino Unido, após o incidente.
Depois de uma hora de debate, o presidente da Câmara de Holyrood, em Edimburgo, Ken Macintosh, determinou a suspensão da sessão até uma data ainda não determinada.
O nível de alerta terrorista no Reino Unido foi elevado desde agosto de 2014 a "severo", o quarto em uma escala de 5.
Do UOL, com agências internacionais.
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