J.R. Guzzo, VEJA
O presidente Michel Temer, no fim das contas, não conseguiu
atravessar nem mesmo a miserável pinguela que tinha pela frente para usar a
faixa presidencial até o último dia oficial de seu mandato. Era o seu sonho, ou
seu único objetivo real — cumprir o curtíssimo prazo que a lei lhe deu para
despachar no Palácio do Planalto. Chegou até mesmo a montar um bom ministério,
e não só na área econômica.
Estava começando,
enfim, a anotar bons resultados. Mas não deu, e nem poderia dar. Temer assumiu
a Presidência da República em situação de D.O.A., como dizem os relatórios
hospitalares e policiais nos Estados Unidos — dead on arrival, ou morto na
chegada. Chegou morto porque só sabe fazer política, agir e pensar para um
Brasil em processo de extinção, onde presidentes da República recebem em
palácio indivíduos à beira do xadrez, discutem com eles coisas que jamais
deveriam ouvir e não chamam a polícia para levar ninguém preso.
Desde a semana passada, com uma colossal denúncia criminal
nas costas de Michel Temer, as datas oficiais da sua certidão de óbito como
presidente deixaram de fazer diferença. Seu governo não existe mais. A atual
oposição (até ontem governo) do PT-esquerda não existe mais; eles estão rindo,
mas riem no próprio velório. Os políticos, como classe, não existem mais.
Querem viver de um jeito inviável e manter de pé um país inviável. Acabaram por
tornar-se incompreensíveis.
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