Do G1, Jornal Nacional
Morreu nesta sexta-feira (16), aos 87 anos, o arquiteto da
reunificação da Alemanha, que comandou o país por 16 anos, o
ex-primeiro-ministro Helmut Kohl.
A Alemanha e a Europa vivem praticamente o mesmo luto. Um
dos maiores líderes políticos do século XX morreu nesta sexta, em sua casa, no
Sul de um país que é o que é hoje muito por causa dele.
Helmut Kohl chegou ao poder em 1982, quando um muro ainda
dividia Berlim. Deixou o cargo em 1998, num momento em que o país já caminhava
para ser a potência que é hoje.
Kohl foi protagonista da história num tempo em que o mundo
vivia um estado de tensão terrível com a Guerra Fria, entre comunistas e
capitalistas. Ele foi fundamental para derrubar o muro que separava as
Alemanhas e vai ser lembrado como um político de grande estatura.
Assim que o muro começou a cair, ainda naquele clima de
muita euforia e também incertezas políticas, Helmut Kohl apresentou seu plano: conseguiu
apoio de soviéticos e americanos, e no dia 3 de outubro de 1990, sobre o muro,
no céu de Berlim, uma queima de fogos comemorou a reunificação da Alemanha.
Já naquele momento Helmut Kohl olhou mais longe e enxergou o
futuro: era preciso juntar os cacos, unir a Europa, ainda mais do que antes da
Guerra Fria, mais até do que antes da Segunda Guerra Mundial.
Helmut Kohl ajudou a construir a União Europeia, e foi
decisivo ao convencer os alemães a abrir mão de sua moeda, o marco, para adotar
o euro. Terminou sua carreira, no entanto, com um escândalo financeiro de caixa
dois no Partido Democrata Cristão.
Foi sua afilhada política, Angela Merkel, na época
secretária do partido, quem o levou a abandonar a política. Hoje, como
primeira-ministra, ela agradeceu a Helmut Kohl.
“Foi um grande alemão, um grande europeu”, disse Merkel
sobre o homem que moldou a Europa e boa parte do mundo como a gente conhece
hoje.
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