Encerrada a votação do parecer da Comissão de Constituição e
Justiça (CCJ) sobre a denúncia contra o presidente Michel Temer, na Câmara. Ao
todo, foram 492 parlamentares presentes, 227 votos contrários ao parecer e 263
votos favoráveis ao arquivamento da denúncia que acusa Temer de corrupção
passiva, no Supremo Tribunal Federal (STF). Dezoito ausências e duas
abstenções.
Para a oposição, formada por sete partidos (PT, PSDB, PSB,
PDT, PCdoB, PPS e PHS) conseguir da prosseguimento à denúncia era preciso alcançar
a marca de 342 votos, representando dois terços do número total de
parlamentares presentes na votação. Já para a base aliada do governo, com 9
partidos (PP, PMDB, PR, PSD, DEM, PTB, PRB, Solidariedade e PSC), era
necessário conquistar apenas 172 votos, que foram alcançados mesmo antes do
final da votação.
A sessão analisou o relatório apresentado pelo deputado
Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) na CCJ, que recomendou a rejeição da denúncia contra
Temer, e teve início ainda pela manhã, às 9h. Por volta das 15h30, o placar
registrava a presença de 342 deputados no plenário, atingindo o quórum mínimo
pra que ocorresse a votação. Até cerca das 19h, horário em que os deputados
começaram a votar, os parlamentares apresentaram argumentos favoráveis e contra
a denúncia, na tribuna.
Denúncia
Michel Temer foi denunciado por corrpuação passiva ao STF
após as delações premiadas da JBS, em que o empresário e presidente do grupo,
Joesley Batista, gravou, sem o conhecimento de Temer, uma conversa com ele no
palácio do Jaburu. Na gravação, o presidente da república dando aval para a
compra de silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha.
Além disso, a delação da JBS aponta que Temer destacou o
deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para intermediar interesses do
grupo empresarial no Cade, órgão de defesa da concorrência.
Loures, que trabalha com Temer desde que ele ocupava o cargo
de vice presidente de Dilma Rousseff, foi filmado recebendo uma mala com R$ 500
mil enviados por Joesley Batista.
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