quinta-feira, 14 de setembro de 2017

ASSOPRANDO VELINHAS

Hoje é dia de parabenizar Laudo Natel, ex-governador de São Paulo por dois mandatos. Laudo Natel nasceu em São Manuel, 14 de setembro de 1920.
Filho de Bento Alves Natel e Albertina Barone, Laudo estudou nas cidades de Mirassol e Araraquara. Depois de formado, iniciou carreira no setor bancário, exercendo os mais diversos cargos. Foi funcionário do Banco Noroeste, onde era colega de Amador Aguiar, que mais tarde o levaria para o Banco Brasileiro de Descontos, atual Bradesco.
Natel acompanhou o amigo, sendo por muito tempo o seu braço-direito, chegando a diretor do banco. Também foi diretor da Associação Comercial de São Paulo, diretor do Sindicato dos Bancos de São Paulo e presidente da comissão bancária do Conselho Monetário Nacional. Atualmente presta consultoria à Bradesco Seguradora.
Eleito tesoureiro do São Paulo Futebol Clube em 1952, cresceu politicamente no clube, alcançando os cargos de diretor financeiro e, mais tarde, presidente. É patrono do clube, graças a sua atuação na prospecção de recursos para viabilizar a construção do Estádio do Morumbi.
Carreira política
Em 1962, elegeu-se vice-governador, concorrendo em faixa própria — no sistema eleitoral de então, o voto no "vice" era desvinculado. Elegeu-se, portanto, em chapa diferente da composta pelo governador eleito, Adhemar de Barros. Em 1965, Laudo concorreu à prefeitura do município de São Paulo, mas perdeu as eleições para o Brigadeiro Faria Lima.
Laudo Natel foi por duas vezes governador de São Paulo. A primeira, entre 6 de junho de 1966 e 31 de janeiro de 1967, deu-se quando, como vice-governador, substituiu o então governador Adhemar de Barros, cassado pelo governo militar brasileiro. Para assumir, licenciou-se do cargo de presidente do São Paulo, para o qual tinha sido eleito dois meses antes. Nesse primeiro mandato no governo, continuando um projeto de Adhemar, Natel unificou as onze usinas hidrelétricas de São Paulo, que deram origem à Companhia Energética de São Paulo (CESP), deu prosseguimento aos projetos básicos para a construção do Metrô de São Paulo e modernizou o sistema fazendário estadual, por meio de seu secretário Antônio Delfim Netto.
A segunda, entre 15 de março de 1971 e 15 de março de 1975, deu-se quando foi eleito, de maneira indireta, pelo colégio eleitoral. Nesse período de governo, deu ênfase ao desenvolvimento do interior, com o Plano Rodoviário de Interiorização do Desenvolvimento (PROINDE), unificou toda a malha ferroviária paulista em torno da FEPASA (Ferrovia Paulista S.A.), prosseguiu a construção da pista ascendente da Rodovia dos Imigrantes, criou a Sabesp e a Cetesb, inaugurou as primeiras estações do Metrô e elaborou plano para desenvolvimento do Vale do Ribeira.
Durante o mandato, demitiu por carta o prefeito de São Paulo, José Carlos de Figueiredo Ferraz, devido a inúmeras discordâncias administrativas. Para justificar tal ato, alegou "falta de sintonia" de Figueiredo Ferraz com o Estado e a União. A versão mais aceita é a de que Figueiredo Ferraz foi demitido por ter dito que São Paulo tinha que parar de crescer.
Escolhido pelo Palácio do Planalto, candidatou-se para um terceiro mandato em 1978, mas foi derrotado na convenção do seu partido (a ARENA) por Paulo Maluf, que fora o secretário de Transportes de sua segunda gestão. Aspirou novamente ao governo do Estado em 1982, mas também perdeu na escolha interna do partido (desta vez o PDS, sigla sucessora da ARENA), agora para Reynaldo de Barros, então prefeito de São Paulo e ligado ao malufismo.
Homenagens
Em 2005, recebeu homenagem do São Paulo Futebol Clube, tendo o novo centro de treinamento do clube sido batizado com seu nome. Por ser do interior, Laudo Natel se definia como sendo o "governador caipira".
O Hospital Veterinário, Unidade Auxiliar da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinária (FCAV) - UNESP - Câmpus de Jaboticabal, inaugurado em 1974, também leva também seu nome.
Com informações da Wikipédia
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