Hoje é dia de parabenizar Laudo Natel, ex-governador de São Paulo
por dois mandatos. Laudo Natel nasceu em São Manuel, 14 de setembro de 1920.
Filho de Bento Alves Natel e Albertina Barone, Laudo estudou
nas cidades de Mirassol e Araraquara. Depois de formado, iniciou carreira no
setor bancário, exercendo os mais diversos cargos. Foi funcionário do Banco
Noroeste, onde era colega de Amador Aguiar, que mais tarde o levaria para o
Banco Brasileiro de Descontos, atual Bradesco.
Natel acompanhou o amigo, sendo por muito tempo o seu
braço-direito, chegando a diretor do banco. Também foi diretor da Associação
Comercial de São Paulo, diretor do Sindicato dos Bancos de São Paulo e
presidente da comissão bancária do Conselho Monetário Nacional. Atualmente
presta consultoria à Bradesco Seguradora.
Eleito tesoureiro do São Paulo Futebol Clube em 1952, cresceu
politicamente no clube, alcançando os cargos de diretor financeiro e, mais
tarde, presidente. É patrono do clube, graças a sua atuação na prospecção de
recursos para viabilizar a construção do Estádio do Morumbi.
Carreira política
Em 1962, elegeu-se vice-governador, concorrendo em faixa
própria — no sistema eleitoral de então, o voto no "vice" era
desvinculado. Elegeu-se, portanto, em chapa diferente da composta pelo
governador eleito, Adhemar de Barros. Em 1965, Laudo concorreu à prefeitura do
município de São Paulo, mas perdeu as eleições para o Brigadeiro Faria Lima.
Laudo Natel foi por duas vezes governador de São Paulo. A
primeira, entre 6 de junho de 1966 e 31 de janeiro de 1967, deu-se quando, como
vice-governador, substituiu o então governador Adhemar de Barros, cassado pelo
governo militar brasileiro. Para assumir, licenciou-se do cargo de presidente
do São Paulo, para o qual tinha sido eleito dois meses antes. Nesse primeiro
mandato no governo, continuando um projeto de Adhemar, Natel unificou as onze
usinas hidrelétricas de São Paulo, que deram origem à Companhia Energética de
São Paulo (CESP), deu prosseguimento aos projetos básicos para a construção do
Metrô de São Paulo e modernizou o sistema fazendário estadual, por meio de seu
secretário Antônio Delfim Netto.
A segunda, entre 15 de março de 1971 e 15 de março de 1975,
deu-se quando foi eleito, de maneira indireta, pelo colégio eleitoral. Nesse
período de governo, deu ênfase ao desenvolvimento do interior, com o Plano
Rodoviário de Interiorização do Desenvolvimento (PROINDE), unificou toda a
malha ferroviária paulista em torno da FEPASA (Ferrovia Paulista S.A.),
prosseguiu a construção da pista ascendente da Rodovia dos Imigrantes, criou a
Sabesp e a Cetesb, inaugurou as primeiras estações do Metrô e elaborou plano
para desenvolvimento do Vale do Ribeira.
Durante o mandato, demitiu por carta o prefeito de São
Paulo, José Carlos de Figueiredo Ferraz, devido a inúmeras discordâncias
administrativas. Para justificar tal ato, alegou "falta de sintonia"
de Figueiredo Ferraz com o Estado e a União. A versão mais aceita é a de que
Figueiredo Ferraz foi demitido por ter dito que São Paulo tinha que parar de
crescer.
Escolhido pelo Palácio do Planalto, candidatou-se para um
terceiro mandato em 1978, mas foi derrotado na convenção do seu partido (a
ARENA) por Paulo Maluf, que fora o secretário de Transportes de sua segunda
gestão. Aspirou novamente ao governo do Estado em 1982, mas também perdeu na
escolha interna do partido (desta vez o PDS, sigla sucessora da ARENA), agora
para Reynaldo de Barros, então prefeito de São Paulo e ligado ao malufismo.
Homenagens
Em 2005, recebeu homenagem do São Paulo Futebol Clube, tendo
o novo centro de treinamento do clube sido batizado com seu nome. Por ser do
interior, Laudo Natel se definia como sendo o "governador caipira".
O Hospital Veterinário, Unidade Auxiliar da Faculdade de
Ciências Agrárias e Veterinária (FCAV) - UNESP - Câmpus de Jaboticabal,
inaugurado em 1974, também leva também seu nome.
Com informações da Wikipédia
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