A Polícia Federal encontrou nesta terça-feira (5) um
"bunker" com milhares de notas em reais que, segundo a investigação,
é usado por Geddel Vieira Lima, ex-ministro de Michel Temer.
A operação, nomeada de Tesouro Perdido, foi autorizada pela
10ª Vara Federal de Brasilia.
Os valores apreendidos serão transportados a um banco onde
será contabilizado e depositado em conta judicial.
Segundo a PF, após as últimas fases da Operação Cui Bono,
foi possível chegar a um endereço, em Salvador, que seria utilizado para
armazenagem de dinheiro.
Geddel foi preso no dia 3 de julho, mas conseguiu um habeas
corpus para cumprir prisão domiciliar em sua casa, na capital baiana, situação
em que se encontra ainda hoje.
CUI BONO
A operação apura a atuação de Geddel e outras pessoas na
manipulação de créditos e recursos realizada em duas áreas da Caixa Econômica
Federal.
O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e o doleiro Lucio
Funaro são também alvos da investigação, que começou no ano passado.
Geddel é acusado de ter recebido R$ 20 milhões de propina em
troca de aprovação de empréstimos no banco ou de liberação de créditos do
FI-FGTS para beneficiar empresas.
Na decisão judicial que autorizou a busca e apreensão no
apartamento em Salvador, o juiz Vallisney Oliveira cita que o
"bunker" pertence a uma pessoa de nome Silvio Silveira, quem teria
cedido tal imóvel para que o ex-ministro de Michel Temer pudesse guardar caixas
com documentos.
"Ademais, conforme consignado nas informações
policiais, foram realizadas pesquisas de campo com moradores do prédio,
confirmando a notícia de que uma pessoa teria feito uso do aludido imóvel para
guardar "pertences do pai", tratando-se provavelmente de Geddel, cujo
pai faleceu em 10 de janeiro de 2016", afirma o juiz no mandado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário