quarta-feira, 1 de julho de 2020

DIÁRIO DA CRISE

Do Blog do Gabeira

Diário da Crise CII

A vida é essa: um dia você perde, num outro você ganha. A família Bolsonaro deve pensar assim sobre o foro privilegiado. Flávio ganhou por alguns dias, Carlos perdeu para sempre.

O foro privilegiado de vereadores existia na Constituição do Rio. Aqui é diferente do Brasil. Mas quem manda é a Constituição Federal.

Carlos é acusado não só de empregar parentes no seu gabinete mas um verdadeira equipe de fantasmas. Três deles moravam em Resende, a 165 km do Rio, um outro morava em Juiz de Fora, MG, a 185 km da capital e outro em Rio Pomba, a 272 km.

Vai ser difícil provar inocência. A única saída é protelar. Bons advogados conseguem isso com inúmeras manobras.

Leio no New York Times que, ao contrário do que diziam os especialistas, as manifestações após a morte de George Floyd não aumentaram a contaminação pelo coronavírus. Pode ser que a onda já estivesse declinando, pode ser que a ar livre, o vírus seja menos capaz de contaminar. Não sei, mas isso é uma boa noticia.

A vacina alemã apresentou resultados promissores, assim como a chinesa e a inglesa. Vamos ver se alguma coisa nos chega até dezembro.

O governo vai anunciar um novo ministro da educação. Tomara que dessa vez dê certo. Ninguém aguenta mais essa confusão.

Hoje escrevi um artigo sobre a live de Bolsonaro com o presidente da Embratur tocando Ave Maria de Shubert no acordeon. Foi punk.

Repercutiu até em Portugal onde riram muito num programa de tevê.

O ciclone em Santa Catarina mudou o tempo. Ventou aqui no Rio, menos do que em São Paulo.

Lembro-me do furacão Catarina, estava em Florianópolis e visitei a sala de crise.

Aqui no Rio acionei uma pequena equipe para traduzir os manuais do Caribe e Estados Unidos na defesa de furacões.

Foi um grande aprendizado. Poderia estar por lá, não fosse essa pandemia.

Mas a Defesa Civil de Santa Catarina é uma das melhores do Brasil. Não só o furacão mas também as inundações em Blumenau a colocaram à prova.

Hoje tem futebol na televisão. Não me acostumo a ver jogos em estádios vazios. O barulho da torcida é que anima. Temos de nos acostumar com essa frieza.

Por falar em frieza, o inverno chegou aqui e estão caindo as últimas folhas de amendoeira. Pelo menos, tenho algo a fotografar no chão de Ipanema.

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