Marcas do PT são apostas de Bolsonaro para atrair eleitorado de baixa renda
RIO — Em meio aos preparativos para a disputa à reeleição, o presidente Jair Bolsonaro tem apostado em programas e projetos associados ao governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao PT para chegar ao eleitorado de menor renda, no qual o pré-candidato rival tem maior vantagem. Os casos mais recentes envolvem o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e o Programa Universidade para Todos (ProUni), voltados para o acesso ao ensino superior privado e vitrines da gestão petista na área da Educação. Bolsonaro também disputa a paternidade da transposição do Rio São Francisco. O carro-chefe, porém, é o Auxílio Brasil, que substituiu o Bolsa Família.
No fim do ano passado, o presidente editou uma medida provisória que possibilita a renegociação de dívidas do Fies em até 12 anos. Em outro aceno, Bolsonaro liberou o acesso ao ProUni para ex-alunos de escolas privadas que não tiveram bolsa no ensino médio
A disputa sobre os resultados de marcas dos governos petistas ficou evidente no pronunciamento de fim de ano de Bolsonaro no rádio e na TV. Mirando eleitores do Nordeste, o presidente disse que a transposição do Rio São Francisco “finalmente é uma realidade” e que o governo está “levando mais água para o Nordeste”.
Entenda, em reportagem exclusiva para assinantes, a estratégia de Bolsonaro para tentar atrair eleitores de menor renda (de até dois salários mínimos), público em que registra apenas 16% das intenções de voto para 2022, ante 56% do ex-presidente Lula, segundo a pesquisa Datafolha mais recente, divulgada em 16 de dezembro. Especialistas analisam o tamanho do desafio para o atual chefe do Executivo, que tem realizado um tour de inaugurações.
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