“Más sabe el diablo por viejo que por diablo”
Se tiver oportunidade, conheça as feiras populares do Nordeste. Além de comer iguarias típicas da região, tenha como trilha a música Feira de Mangaio, de Sivuca e Glorinha Gadelha. Com calma, lentamente, pare nas barracas e gaste um tempo na banca que vende a literatura de cordel. Não vai demorar a perceber que o Diabo é uma figura recorrente nas maravilhosas estórias. Aliás, logo perceberá um personagem único com múltiplas denominações. Dizem que são mais de 50, só em português. Eu, particularmente, gosto muito de Sete Peles.
Esta campanha eleitoral está me fazendo lembrar muito do Cramunhão (outro sinônimo): o que tem de cabra safado falando em nome de Deus não se conta nos dedos de cem mãos. Não sei o nome da esposa do Coisa Ruim, se é que ele tem uma. Vamos chamar de Diaba. Ela também anda falando de Deus e família. Prestem atenção nesses Tinhosos, verdadeiros Belzebus. Escondem as próprias safadezas e querem ser exemplos morais. A sorte é que o olhar melífluo desses tipos entrega quem são, assim como o sorriso do Cão.
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