Deputado Gustavo Gayer é alvo de buscas da PF em operação
contra desvio de cota parlamentar; celular é apreendido
Gayer é suspeito de desvio de recursos públicos de verbas
parlamentares para financiar suas empresas; policiais apreenderam mais de R$ 70
mil na casa de um assessor. Em vídeo, deputado negou envolvimento em esquemas.
➡️ Segundo as investigações,
Gustavo Gayer era o personagem central de um esquema para desviar verbas
parlamentares.
➡️ O dinheiro irrigava, de acordo
com o inquérito, empresas privadas do político e entidades sociais "de
fachada".
O g1 e a TV
Globo tentam contato com Gayer. Em uma rede social, o deputado postou que foi
acordado às 6h "com a minha porta sendo esmurrada pela Polícia
Federal".
"O que eu sei até agora é que esse inquérito foi aberto
no mês passado, 24 de setembro, né? Está aqui, ó, não dá para saber nada, ter
nenhuma informação do que se trata. Sei que alguns assessores meus também
receberam a busca e apreensão", disse Gayer no vídeo.
"Vieram na minha casa, levaram meu celular, HD, meu
SSD. Essa democracia relativa está custando caro para o nosso país. Alexandre
de Moraes determinou essa busca e apreensão agora, aqui no documento não fala o
porquê. Numa sexta-feira, sendo que a eleição é no domingo", seguiu.
Gayer não é candidato no segundo turno das eleições, mas
atua na campanha de um dos concorrentes à prefeitura de Goiânia.
"Já estamos providenciando a habilitação nos autos, que
poderá ser admitida somente por Alexandre de Moraes, sem prazo certo e
determinado. Entendemos que ações deste tipo não podem ser deflagradas no ápice
do processo eleitoral, posto que atos judiciários interferem diretamente na
política local, o que coloca em xeque a seriedade das decisões", disse
Gayer em nota divulgada pela assessoria.
As suspeitas sobre Gayer e assessores
Segundo as investigações, além de ser suspeito de desviar
recursos públicos para suas empresas, Gayer também teria participado ativamente
da criação e manipulação de entidades fictícias para desviar verbas por
meio de emendas parlamentares.
Segundo a investigação, Gayer é descrito como a
figura central no esquema, liderando as operações tanto no seu gabinete
parlamentar quanto nas empresas privadas associadas a ele e à família dele.
De acordo com as suspeitas da PF, ele teria coordenado um
esquema com assessores parlamentares para administrar essas atividades,
mascarando seu envolvimento com o uso de “testas de ferro” para operar as
empresas.
As investigações apontam que o deputado Gustavo Gayer e
assessores são suspeitos de participação em esquemas de desvio de
recursos públicos, associação criminosa e falsificação
de documentos.
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