Tarcísio usou avião da PM para ir a protesto bolsonarista
no Rio
Tarcísio de Freitas usou avião da Polícia Militar de São
Paulo para ir a ato bolsonarista em Copacabana no domingo. Oposição questiona
São Paulo – O governador Tarcísio
de Freitas (Republicanos) usou um avião da Polícia Militar de São Paulo (PM)
para voar para o Rio de Janeiro e participar da manifestação pela anistia de
pessoas envolvidas nos atos de 8 de janeiro de 2023.
A viagem foi feita em uma aeronave modelo Beech King Air
B200G, que está em nome da PM.
Tarcísio saiu às 18:09 de sábado (15/3) do Aeroporto Campo
de Marte, na zona norte da capital paulista, e pousou no Santos Dumont às
19:07. Ele retornou no domingo (16/3) às 16h25 e chegou à cidade de São Paulo
cerca de uma hora depois, às 17:33.
O uso do avião que pertence à Polícia Militar de
São Paulo é questionado por parlamentares de oposição ao governo.
Nesta terça-feira (18/3), o deputado estadual Emídio de
Souza (PT) anunciou que irá acionar o Ministério Público de São Paulo (MPSP) e
o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP) sobre o uso do avião da PM
pelo governador. O petista ainda enviou um requerimento de informações sobre
qual o meio de transporte utilizado pelo governador e os gastos com a viagem. O
deputado estadual Guilherme Cortez (PSol), líder do partido na Assembleia
Legislativa de São Paulo (Alesp), também protocolou um ofício para solicitar
mais detalhes sobre a viagem.
Tarcísio passou a noite do dia 15 no mesmo hotel que Jair
Bolsonaro (PL) e foi recebido por apoiadores do ex-presidente.
Durante esse período, os
dois se reuniram com outros políticos já presentes no local para um
coquetel. No encontro, foram definidos os últimos detalhes da manifestação.
De acordo com a agenda oficial, o governador não realizou
nenhuma atividade durante a viagem.
Nas manifestações, Tarcísio comparou a punição imposta a
condenados pelo 8 de Janeiro ao destino dos envolvidos na Operação Lava Jato
e pediu o retorno de Jair Bolsonaro ao poder.
O tom adotado pelo governador foi considerado mais radical que o
já usado por ele em outros protestos bolsonaristas e, conforme
noticiado pelo Metrópoles, causou incômodo entre ministros do
Supremo Tribunal Federal (STF).
Em nota ao Metrópoles, o governo do estado de São Paulo disse que “a segurança institucional do Governador do Estado, incluindo todos os seus deslocamentos e os meios pelos quais serão realizados, é de responsabilidade da Casa Militar, conforme estabelece o Decreto nº 48.526, de 04 de março de 2004”.
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