quinta-feira, 20 de março de 2025

A FARRA DE TARCÍSIO

Valentina Moreira Ramiro Brites, Metrópoles

Tarcísio usou avião da PM para ir a protesto bolsonarista no Rio

Tarcísio de Freitas usou avião da Polícia Militar de São Paulo para ir a ato bolsonarista em Copacabana no domingo. Oposição questiona

São Paulo – O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) usou um avião da Polícia Militar de São Paulo (PM) para voar para o Rio de Janeiro e participar da manifestação pela anistia de pessoas envolvidas nos atos de 8 de janeiro de 2023.

A viagem foi feita em uma aeronave modelo Beech King Air B200G, que está em nome da PM.

Tarcísio saiu às 18:09 de sábado (15/3) do Aeroporto Campo de Marte, na zona norte da capital paulista, e pousou no Santos Dumont às 19:07. Ele retornou no domingo (16/3) às 16h25 e chegou à cidade de São Paulo cerca de uma hora depois, às 17:33.

O uso do avião que pertence à Polícia Militar de São Paulo é questionado por parlamentares de oposição ao governo.

Nesta terça-feira (18/3), o deputado estadual Emídio de Souza (PT) anunciou que irá acionar o Ministério Público de São Paulo (MPSP) e o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP) sobre o uso do avião da PM pelo governador. O petista ainda enviou um requerimento de informações sobre qual o meio de transporte utilizado pelo governador e os gastos com a viagem. O deputado estadual Guilherme Cortez (PSol), líder do partido na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), também protocolou um ofício para solicitar mais detalhes sobre a viagem.

Tarcísio passou a noite do dia 15 no mesmo hotel que Jair Bolsonaro (PL) e foi recebido por apoiadores do ex-presidente.

Durante esse período, os dois se reuniram com outros políticos já presentes no local para um coquetel. No encontro, foram definidos os últimos detalhes da manifestação.

De acordo com a agenda oficial, o governador não realizou nenhuma atividade durante a viagem.

Nas manifestações, Tarcísio comparou a punição imposta a condenados pelo 8 de Janeiro ao destino dos envolvidos na Operação Lava Jato e pediu o retorno de Jair Bolsonaro ao poder.

tom adotado pelo governador foi considerado mais radical que o já usado por ele em outros protestos bolsonaristas e, conforme noticiado pelo Metrópoles, causou incômodo entre ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em nota ao Metrópoles, o governo do estado de São Paulo disse que “a segurança institucional do Governador do Estado, incluindo todos os seus deslocamentos e os meios pelos quais serão realizados, é de responsabilidade da Casa Militar, conforme estabelece o Decreto nº 48.526, de 04 de março de 2004”.

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