NÃO DAR MAIS PRA DISFARÇAR

O governo bem que tentou, mas nada adianta mais; a política econômica do governo Lula é a continuação da política econômica de FHC. A prova dos nove se deu nesta semana, com às privatizações de trechos das rodovias federais. Outro ponto semelhante à política econômica do governo FHC criticada duramente por Lula e seu partido quando era oposição dar si na nova forma de incorporação de bancos estaduais ao Banco do Brasil.

Com medo de perder espaço para os bancos particulares, em especial o Bradesco, Lula injetou alguns bilhões de reais e incorporou ao BB os bancos estaduais de: Santa Catarina (BESC) e o banco do Piauí (BEP). Assim o governo camufla um modelo de privatização, mas não deu pra disfarçar com o leilão das rodovias federais.

Talvez o leitor não tenha conhecimento, mas o governo federal que foi tão combatível a política neoliberal dos tucanos, está loteado a Amazônia. Isso mesmo, loteando a floresta amazônica. O governo federal fechou acordo com algumas empresas brasileiras e estrangeiras para a exploração da floresta amazônica, a maioria no ramo de cosméticos, por um período de 20 anos.

Estas empresas exploram a área e pagam um valor estipulado pelo governo, para o governo, mas terão limites as áreas; o local que for desmatado, terá que ser replantado pela empresa, caso ela não cumpra o contrato de reflorestamento, não poderá explorar o restante a que tem direito por contrato. O governo diz que não é a venda da floresta e que colocará funcionários do IBAMA e do Instituto Chico Mendes para fiscalizar a área demarcada pelo governo e utilizada pelas empresas.

São tantos os pontos em comum com a política econômica de FHC que soa como demagógica qualquer frase que o ilustre presidente populista venha a dizer sobre as privatizações e as ramificações dela em seu governo. Um governo que vai entrar para a história não como o governo do Bolsa-Família, mas o governo mais corrupto da história; em todos os aspectos. Nunca na história deste país se viu um governo tão conveniente com os banqueiros. Um governo morde e assopra.