segunda-feira, 22 de outubro de 2007

POR UM FIO I


A decisão do STF de que o mandato de senador pertence ao partido e não ao candidato eleito fez com que alguns senadores já pensam em voltar ao partido que deixou; entre eles estão os senadores Edson Lobão (MA) que deixou o DEM e desembarcou no PMDB, partido do ex-presidente José Sarney e padrinho político de Lobão; o outro senador que faz planos de voltar à antiga legenda e não correr o risco de perder o mandato é o baiano César Borges que deixou a tropa do senador ACM e migrou para o PR, partido do vice-presidente José Alencar (MG). Borges era um crítico ferrenho do governo Lula, mas viu no governo petista a melhor maneira de estar bem entre seus eleitores, aliando-se ao presidente.

Edson Lobão não poderia fazer diferente da senadora Roseana Sarney, que também seguiu os passos do pai, o senador José Sarney e mudou para o PMDB, depois da tumultuada campanha ao governo do Maranhão ano passado, quando pertencia ao DEM e declarou apoio ao presidente Lula, partido ameaçou expulsar do partido e antes que acontecesse, Roseana chegou de mala e cuia no PMDB e foi muito bem recebida.

Outro senador que pode ficar sem o mandato se não voltar ao partido ao qual foi eleito é o ex-presidente da República, Fernando Collor que foi eleito pelo PRTB e mudou para o PTB do deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ), aquele que denunciou o pagamento a políticos e partidos para votar e aprovar a favor do governo.

O caso mais grave de troca-troca partidário é da senadora Patrícia Saboya (CE) que deixou o PPS pelo PSB e no fim do mês passado se mudou para o PDT. Se o STF votar que a data limite foi 27 de março, esses senadores perderão o mandato ou se vai valer a decisão a partir do último dia 16, quando o STF julgou que o mandato é do partido.
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