segunda-feira, 1 de novembro de 2010

QUEM GANHA E QUEM PERDE

Do UOL

Lula - Indicou Dilma como candidata sem consultar o próprio partido. Apesar da falta de traquejo político da aliada, elegeu uma sucessora, impulsionou sua popularidade e seguirá com poder político mesmo fora do cargo.

Dilma Rousseff - Em sua primeira disputa eleitoral, tornou-se presidente da República. Conta com a confiança do antecessor e maioria de aliados no Congresso e nos governos estaduais. A ex-ministra é agora uma das mulheres mais votadas da história.

Marina Silva - Terminou sua primeira eleição presidencial com quase 20% dos votos, apesar de ter pouco mais de um minuto de tempo de TV. Já de olho em 2014, será uma das principais porta-vozes da oposição, mesmo sem cargo.

Eduardo Campos - Reeleito governador de Pernambuco, o neto de Miguel Arraes é agora um dos políticos mais populares do Nordeste. Um dos aliados mais próximos de Lula, impulsionou a candidatura de Dilma na região e é potencial presidenciável.

Sérgio Cabral - Principal fiador da aliança com Dilma no PMDB, o governador reeleito do Rio de Janeiro tornou-se um dos principais articuladores políticos do governo e terá voz no Palácio do Planalto. Passou a cobiçar a vice em 2014.

Geraldo Alckimin - Sem cargo até dois anos atrás e preterido pelo próprio partido nas eleições municipais de 2008, tornou-se governador eleito do maior colégio eleitoral do país e ganhou cacife por ter sido fiel ao projeto tucano de voltar à Presidência.

Aécio Neves - Elegeu-se senador por ampla maioria, trouxe para a Casa o ex-presidente Itamar Franco (PPS) e reconduziu ao cargo o tímido governador Antonio Anastasia (PSDB). Potencial presidenciável em 2014.

Aloisio Nunes - Surpreendentemente tornou-se o senador mais votado da história brasileira, embora uma semana antes da votação figurasse em terceiro lugar. Ganhou status para ser um dos principais líderes da oposição no Senado.

Fernando Henrique Cardoso - Ainda que não tenha participado ativamente da campanha de Serra, seu legado no Palácio do Planalto sofreu mais um revés após meses de críticas feitas por Lula e pela campanha de Dilma. A popularidade de Lula ofusca o ex-presidente ainda mais.

Aloizio Mercadante - Quase arrancou de Geraldo Alckmin um segundo turno nas eleições paulistas. Ficou sem mandato no Senado, mas é cotado para receber ministério de Dilma em 2011. A derrota no primeiro turno, no entanto, não o credencia a assumir uma das pastas mais importantes.

Roseana Sarney - Reelegeu-se com alguma dificuldade e manteve a hegemonia política do clã no Maranhão. Ajudou a eleger os peemedebistas João Alberto e Edison Lobão, mas na região foi ofuscada pelo pernambucano Eduardo Campos e pelo petista Jaques Wagner.

José Agripino Maia - Líder do DEM no Senado, conseguiu se reeleger apesar da dura oposição a Lula nos últimos oito anos. Mas teve de amenizar o discurso e fazer elogios ocasionais ao presidente. A inimizade declarada com a presidente eleita não o ajuda a dialogar com o Palácio do Planalto.

José Serra - Naquela que provavelmente foi sua última disputa presidencial, o tucano fez uma campanha errática, na qual foi atacado por aliados e adversários. O estilo personalista faz dele hoje um político isolado no PSDB.

Sérgio Guerra - O presidente do PSDB teve de abrir mão de disputar sua reeleição no Senado. Candidatou-se a deputado federal. Venceu. Mas, no papel de coordenador da campanha de Serra à Presidência, foi dominado pelo candidato.

Ciro Gomes - Primeiro foi impedido de concorrer à Presidência. Criticou Dilma, Lula, PT e PMDB. Depois foi incorporado à coordenação da campanha da petista. Com ou sem cargo no próximo governo, o ex-governador perdeu crédito.

Ana Júlia Carepa - Em meio à onda lulista que tomou as eleições 2010, a governadora do Pará foi uma das raras derrotadas ligadas ao presidente. Deixará o cargo para o antecessor, Simão Jatene (PSDB), antiga inimizade de Lula.

Hélio Costa - O ex-ministro travou uma longa briga com o PT para ser candidato ao governo de Minas Gerais. Convenceu Lula e liderou a disputa quase até a reta final. Até perder pela terceira vez, desta vez para o pouco conhecido governador Anastasia.

Fernando Gabeira - Com cerca de 20% dos votos na disputa pelo governo do Rio de Janeiro, o deputado do PV teve desempenho pior do que o esperado contra Cabral. No segundo turno, tampouco fez diferença em favor de Serra.

Fernando Collor - O ex-presidente da República disputou o cargo de governador, mas não teve forças nem para passar ao segundo turno da corrida eleitoral, amargando um terceiro lugar.

Heloisa Helena - Não conseguiu se eleger senadora por Alagoas. Terminou a eleição afastando-se do cargo de presidente do PSOL, discordando do apoio que a direção do partido deu a Dilma no segundo turno.

O Blog destaca também quem ganhou nestas eleições foi a ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy que após perder duas eleições municipais e contrariando muitos adversários e analistas políticos - que ela não seria mais eleita a cargo algum - Marta ressurge das cinzas como Fênix e se torna a primeira mulher eleita senadora do Estado de São Paulo.

Bookmark and Share

Nenhum comentário:

Postar um comentário