Por Rosa Costa, da Agência Estado
Na primeira entrega da Comenda de Direitos Humanos D. Hélder Câmara, oferecida pelo Senado a personalidades de destaque na área, os parlamentares viram o bispo emérito de Limoeiro do Norte (CE), d. Manuel Edmilson da Cruz, não só recusar a homenagem como ouviram sermões pelo reajuste dos próprios salários em 61,8%, aprovado na semana passada.
O religioso comparou o aumento a "um atentado, uma afronta ao povo brasileiro, ao cidadão, ao contribuinte e a todos aqueles que contribuem com o trabalho, a dignidade e o suor do rosto". E da tribuna d. Manuel anunciou aos senadores: "Só me resta uma atitude: recusar a comenda, porque senão estaria procedendo contra os direitos humanos e este momento perderia todo o sentido histórico", afirmou.
Para d. Manuel, a comenda não representa a pessoa do "cearense maior que foi d. Hélder Câmara", e sim "desfigura-a". O bispo não parou por aí. Fez um jogo de palavras para criticar a atitude de deputados e senadores. "Quem assim procedeu não é parlamentar, é para lamentar."
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