A estadia do deputado em Brasília não fará falta alguma, ele entra para a galeria dos deputados mais faltosos. Nos quatro anos de mandato, Ciro figurou na lista dos deputados gazeteiros do ano. A atuação parlamentar dele passou despercebida e resultou num mandato inexpressivo para o país.
A exclusão de Ciro Gomes do novo governo chega como mais uma decepção para o ex-ministro, que trocou o domicílio eleitoral do Ceará para São Paulo, a pedido do presidente Lula, quando cotado para disputar o governo paulista. Em seguida, por imposição do Planalto, o deputado saiu de cena e não disputou à Presidência da República.
Ciro esperou o presidente Lula dar um sinal, o que não houve - aliás, o deputado até se empenhou na campanha petista, foi coordenador no nordeste - mas a possibilidade de algum “prêmio de consolação” para o deputado não está descartado, vai depender da fome de cargos do partido de Ciro Gomes, o PSB.
A língua de trapo que o parlamentar tem pode ter sido um dos motivos dele ter ficado de fora do 1º escalão. Ciro disparou sua metralhadora em alguns setores do PT e PMDB. Numa entrevista disse que o PMDB é um “ajuntamento de assaltantes” e o chefe seria o presidente nacional da sigla, o deputado Michel Temer (SP).
E o PMDB que já mandava no governo, agora, mais do que nunca, dita às regras do jogo: o vice-presidente da República é Michel Temer, o mesmo que Ciro bateu e agora pode está recebendo gotas de veneno de sua língua ferina.
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