O ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento (PR-AM) não resistiu à pressão após denúncias de corrupção em sua pasta e pediu demissão. No fim da tarde desta quarta-feira (6), ele encaminhou seu pedido de demissão à presidente Dilma em "caráter irrevogável".
A situação de Alfredo Nascimento no Ministério estava insustentável desde o último fim de semana quando a revista Veja revelou superfaturamento de obras e recebimento de propina envolvendo servidores e órgãos ligados ao Ministério.
De imediato, a presidente Dilma afastou meia dúzia que trabalhava com Nascimento e foram citados na reportagem. Mas a cada dia, a situação dele no comando da gestão se complicava e o circulo se fechar. A permanência do ministro já não era uma incerteza.
O estopim para o pedido de demissão do ministro foi uma reportagem do jornal O Globo, segunda-feira (4) que revelou um crescimento de 86. 500%, em cinco anos no patrimônio do arquiteto Gustavo Morais Pereira, 27 anos, filho de Nascimento.
Desgastado com as denúncias, Alfredo Nascimento não encontrou alternativa que não fosse a demissão. Mesmo com o apoio de alguns parlamentares do PR durante a semana, ele viu que sua permanência no governo de Dilma seria algo arriscado demais. Agora, ele reassume sua vaga no Senado e a presidência do partido.
Fora do Ministério dos Transportes – cargo que exercia desde o governo Lula – ele traçará seu rumo: se ataca o governo com sua significativa bancada de 40 deputados e 8 senadores ou se fará sua defesa. Talvez faça as duas coisas.
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