Eleito numa chapa de oposição e com um discurso que pregava
a mudança no comando da capital paranaense, que estava há mais de 20 anos nas
mãos do mesmo grupo político, o futuro prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet
(PDT), começará sua administração com uma velha prática, comum de seus
antecessores. Ele anunciou nesta segunda-feira 20 nomes para seu secretariado e
nomeou a mulher, Márcia Fruet, para a Fundação Social de Curitiba, a FAS,
entidade remunerada que tem status de secretaria e que hoje é comandada por
Marry Ducci, mulher do prefeito Luciano Ducci (PSB), e também já teve à frente
Fernanda Richa e Fanny Lerner, entre outras primeiras-damas.
Fruet também nomeou sua irmã, Leonora Fruet, para o primeiro
escalão do governo. Ela, que foi secretária de Educação em boa parte dos
governos Beto Richa (PSDB) e Luciano Ducci (PSB), será, a partir de janeiro de
2013, secretária municipal de Finanças. "São posições estratégicas na
nossa administração e preciso de pessoas de extrema confiança. Elas têm
formação para o cargo que vão ocupar e serão cobradas como todos os outros
secretários", disse o prefeito eleito.
"Quanto a nepotismo, a súmula vinculante do Supremo
Tribunal Federal já deixou bastante clara essa possibilidade. Secretarias
municipais são cargos políticos, mesmo que, no nosso governo, sejam ocupados
por técnicos", ressaltou Fruet, que nomeou vários professores
universitários e técnicos da própria prefeitura para o seu primeiro escalão.
Junto com as nomeações, Fruet divulgou o currículo de cada
novo secretário para justificar a escolha, comprovando a capacidade técnica de
cada indicado. "Eleonora é economista de formação e já foi secretária
estadual de Planejamento. Apesar de também já ter sido secretária de Educação,
esta (finanças) é a área dela", disse. Já a experiência de Márcia na área
social é mais contestável. A futura primeira-dama é jornalista e trabalhou nas
assessorias de comunicação de órgãos como a Federação das Indústrias do Paraná,
como a secretaria estadual de Desenvolvimento Urbano e a Agência Brasileira de
Desenvolvimento Industrial (ABDI), entre 2003 e 2010. "Quero despolitizar
a área social, que é muito usada para fins eleitorais. Estamos preparado para a
cobrança e para a comparação com as administrações anteriores. Mas nos cobrem
sobre os resultados dos trabalhos", concluiu.
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