A Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade nesta
terça-feira (3), em segundo turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC)
que acaba com o voto secreto em todas as situações. Foram 452 votos favoráveis.
O texto agora segue para o Senado, onde também precisa ser votado em dois
turnos. A medida, se aprovada, vale não só para Câmara e Senado, mas também
para Assembleias estaduais e Câmaras municipais.
Antes da votação, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo
Alves, afirmou que a PEC era uma resposta à sociedade após a manutenção do
mandato do parlamentar. Alves disse que, em seus 42 anos como deputado federal,
não viu um dano maior à imagem do Parlamento do que a não cassação de Donadon .
O parlamentar foi condenado por formação de quadrilha e peculato por participar
de esquema de desvio da Assembleia Legislativa de Rondônia.
"Em 42 anos, vi esta Casa se levantar, se agachar, se
respeitar e não se respeitar, mas posso afirmar, sem sombra de dúvida, que não
vi um dano maior à sua história do que o ocorrido na noite fatídica de quarta
passada. Não quero acusar ninguém, o mea culpa vale para todos", disse
Alves. "Nesta noite se constrói uma resposta que não pode demorar. Que
cada parlamentar assuma seu voto, sua decisão e sua consciência nessas
questões", afirmou.
Alves ressaltou que é hora de dar uma resposta "não só
à opinião pública", mas também aos eleitores. "É bom a pressão
popular não ser genérica, são nossos eleitores que nos elegeram para termos
essa postura. Então, mobilizar o representante, é o que estamos fazendo.
Estamos há 7 anos (com a PEC 349) semi arquivada e hoje estamos trazendo de
volta", comemorou.
Via IG com Agência Câmara
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