A bancada ruralista se recusou a dar o nome de Chico Mendes
ao plenário onde funciona a Comissão da Amazônia, na Câmara dos Deputados. Os
representantes da Frente Parlamentar da Agropecuária, que fazem parte da
comissão, criticam duramente a homenagem. Alegam que o nome do líder
seringueiro é uma ‘infeliz escolha’ e que a história de Mendes ‘é uma farsa’.
O projeto que batiza o espaço de Chico Mendes é da deputada
Janete Capiberibe (PSB-AP). Ele foi aprovado no plenário da Câmara há cinco
meses. No entanto, até agora, não foram instaladas placa e foto do seringueiro,
nem houve qualquer celebração, como é de praxe nesse tipo de evento. Janete
disse que vai recorrer para o cumprimento da decisão no plenário da Câmara.
Em entrevista ao jornal O Globo, o deputado federal e
produtor de arroz, Paulo César Quartiero (DEM-RR), atacou o seringueiro. “Essa
homenagem é um blefe. Chico Mendes foi um factoide criado pelas ONGs.”
Chico Mendes foi assassinado na porta de casa, em dezembro
de 1988, pelos fazendeiros Darly Alves da Silva e Darly Alves Ferreira, em
Xapuri, no Acre. À época, Mendes reuniu indígenas, pescadores e populações
ribeirinhas para a criação de reservas extrativistas e lutar contra a derrubada
da floresta para dar lugar às serrarias, ao pasto e aos latifúndios de
monocultura.
Brasil de Fato
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