domingo, 24 de novembro de 2013

BRASIL, CADÊ A POLÍTICA DESENVOLVIMENTISTA?

Caio Rocha, professor de História, via facebook, especial para o Sou Chocolate e Não Desisto
Não se pode ignorar ao fato de que nada produzido pelo ser humano e que o beneficia seja de graça, ou 0800, como queiram. Nem injeção na testa. Ora, o cientista que produziu uma determinada substância com propriedades curativas não gastaria horas, dias, meses ou anos produzindo avanços pensando unicamente no bem da humanidade e ignorando as suas contas para pagar e suas necessidades orgânicas por alimentação.
O mesmo exemplo se estende para tudo mais no mundo humano, até mesmo para a enfermeira que aplica a injeção. Pode esta até ser voluntária, mas se não tiver uma fonte de renda extra que permita compensar sua atitude benemérita, como estará provida? Viverá na dependência de outros para lhe por algo à boca? O que faz a grandeza de uma nação é a produção de riqueza e a valorização do trabalho.
Quanto maior e mais dinâmica é a atividade econômica, e quanto mais racional, transparente e liberal o Estado é, melhores serão as condições de vida de um povo. O lucro não é condenável moralmente. Errado é a avareza de espírito. O esbanjamento desmedido.
O empresário, a meu ver, ajuda um país quando investe seu capital em atividade de produção de bens e mercadorias e tira muitas pessoas da pobreza em seu processo produtivo, uma vez que passam estas a receber um salário que lhes permitam comer e se vestir melhor, ter acesso à maior instrução e à entretenimentos outrora vislumbrados por apenas um segmento social mais elevado financeiramente. Com o aumento da renda geral (PIB), aos poucos a renda do trabalhador vai crescendo.
Nem de longe o que um trabalhador formalizado ganha o que ganhava um na era inglesa pré-vitoriana. Isso só foi possível através de uma evolução da acumulação de capital.
Agora, suprima-se o lucro e proclame-se a igualdade total e irrestrita. Quero ver por quanto tempo aguentará a enfermeira em trabalhar e receber exatamente o que uma pessoa ociosa recebe. Ou se os trabalhadores da fábrica de agulha e de seringa aguentarão ou acharão justos produzir sem ser remunerados de alguma forma.
Ou se o cientista que produziu a vacina aguentará queimar as pestanas sem receber compensações materiais. Portanto, nosso país precisa definir um plano estratégico de desenvolvimento nacional. Precisamos de uma reforma tributária e fiscal que leve o Estado a gastar de forma eficiente o que se arrecada. Definir quais áreas merecem maiores atenções. A meu ver, educação, ciência e tecnologia, infra-estrutura e logística. Erra este governo ao priorizar o consumo.
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