Do UOL, em São Paulo
A 14ª Vara de Fazenda Pública da capital do Tribunal de
Justiça do Estado do Rio de Janeiro condenou, nesta sexta-feira (8), Rosinha
Garotinho (PR), prefeita de Campos dos Goytacazes e ex-governadora do Rio, por
improbidade administrativa.
A ex-governadora teve seus direitos políticos suspensos por
cinco anos, além de ter sido condenada a ressarcir integralmente os cofres
públicos e pagar multa. Também foram sentenciados o ex-secretário estadual de
Educação Claudio Mendonça, Maria Thereza Lopes Leite e a Fundação Euclides da
Cunha.
Segundo os autos processuais, os réus celebraram contrato
com a Fundação Euclides da Cunha durante o período em que Rosinha era
governadora do Rio. O contrato foi feito sem licitação e previa a implantação
de um programa estadual de informática aplicada à educação.
Para a juíza Simone Lopes da Costa, a ex-governadora foi responsável
por atos lesivos ao Estado: "Sua posição, na época, de governadora de
Estado lhe impunha maior responsabilidade, tanto de fiscalização de seus
subordinados quanto de averiguação dos atos que pratica".
Ainda de acordo com a magistrada, não ficou provado que as
254 salas de informática previstas no contrato foram montadas pela Fundação
Euclides da Cunha. "Não há nem sequer comprovação de instalação dos
laboratórios de informática pelo réu, mas tão somente serviços inerentes à
preparação de salas para a posterior instalação desses laboratórios.
Independentemente da instalação dos laboratórios, tal atividade deveria ter
sido precedida de licitação, uma vez que competiria a qualquer empresa do setor
a participar da concorrência pública", afirma a juíza na sentença.
O ex-secretário de Educação, Claudio Mendonça, foi condenado
à suspensão dos direitos políticos por sete anos, além de ressarcir os cofres
públicos e pagar multa. A ré Maria Thereza Lopes Leite foi sentenciada à perda
dos direitos políticos por seis anos, pagamento de multa e ressarcimento dos
cofres públicos. E a Fundação Euclides da Cunha foi condenada a ressarcir
integralmente o prejuízo aos cofres públicos, além da suspensão do direito de
firmar contratos com o Poder Público por cinco anos.
O UOL não conseguiu contato com nenhum dos advogados dos
réus.
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