domingo, 9 de novembro de 2014

QUEM ESPALHA VENTO, COLHE TEMPESTADE!

Artigo de Joaquim Cunha
Tive oportunidade nesta semana, de assistir um fato inédito no Congresso Nacional, que continua ecoando na consciência de cada brasileiro que como eu assistiu, ou que dele tomou conhecimento. Um pronunciamento firme, com conteúdo importante e verdadeiro, de um Brasileiro, que durante estes últimos meses, foi o ponto de convergência e esperança da Nação. Que sem medo e com muita determinação e respeito, encampou os sonhos de todos nós, enfrentou o divisionismo, as calunias, a desconstrução de princípios por quem não os tem... combateu o bom combate, com as mãos literalmente limpas e com uma história respeitável, falando de forma simples, solidária e generosa, para um povo carente de oportunidade, Paz, e serviços públicos dignos, além de sedentos de justiça e desenvolvimento econômico com justiça social de verdade. levantando, ainda que não tenha sido o vencedor eleitoral, a esperança e a certeza de que este País, jamais será o mesmo depois desta campanha.
Estou falando do Senador AÉCIO NEVES, um cidadão que como poucos, tomou como meta a restauração do País, através de uma nova ordem social, assentada nos pilares fundamentais da democracia: liberdade de expressão, direitos fundamentais dos seus cidadãos, independência entre os poderes, união do seu povo e inclusão das regiões menos desenvolvidas com tratamento diferenciado, para que todos possam compartilhar dos avanços, experimentando oportunidades mais justas e mais fraternas, já que num País tão rico e regionalmente tão desequilibrado, não há como silenciar na alma de qualquer pessoa dotada de amor ao próximo, este grito de alerta, e sustentar um modelo cansado, esgotado, sem criatividade, tentando administrar a pobreza com objetivos menores e gerando a cada dia mais pessoas submetidas à miséria.
Tudo que foi dito e sempre negado pelos vencedores, está aí já acontecendo.
Com que roupa, com que cara, iremos nós, ao samba que você patrocinou!
Estão assombrados ao perceberem que venceram uma batalha, mas não há como vencer a guerra. As demandas já existiam de forma represada, a trincheira rompeu, os problemas fluem em toda dimensão nacional, como um verdadeiro dilúvio. Cadê a arca? caberá todos nós? ou morreremos afogados e sufocados nesta imensidão de problemas sem uma equação capaz de resolvê-los nem mesmo a médio prazo?
Afinal, quem poderá ir às ruas e receber os abraços e carinho da população?
Me parece um tanto estranho que com tão poucos dias, a verdade possa ter sido descortinada, desmascarada, enquanto nós outros, cheios de esperança de profundas mudanças, passamos a conviver com o sentimento de que o Novo, chegou mais envelhecido e com menos sustentação e possibilidade de promover o que todos desejávamos.
Nos resta a expectativa de que haja pelo menos humildade nesta gente tão arrogante e que os tomados como perdedores, tenham compaixão da Nação e com altivez e caridade, sem abrir mão de princípios, possam contribuir, se oportunidade tiverem, nestas condições, em benefício da nossa gente.
Que Deus nos Proteja! Um abraço, Joaquim Cunha.
Joaquim Cunha, ex-prefeito de Gavião (BA) – Foi Presidente da Associação de Prefeitos da Região nordeste e Vice-Presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB).
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