Artigo de Joaquim Cunha
Tive oportunidade nesta semana, de assistir um fato inédito
no Congresso Nacional, que continua ecoando na consciência de cada brasileiro
que como eu assistiu, ou que dele tomou conhecimento. Um pronunciamento firme,
com conteúdo importante e verdadeiro, de um Brasileiro, que durante estes
últimos meses, foi o ponto de convergência e esperança da Nação. Que sem medo e
com muita determinação e respeito, encampou os sonhos de todos nós, enfrentou o
divisionismo, as calunias, a desconstrução de princípios por quem não os tem...
combateu o bom combate, com as mãos literalmente limpas e com uma história
respeitável, falando de forma simples, solidária e generosa, para um povo
carente de oportunidade, Paz, e serviços públicos dignos, além de sedentos de
justiça e desenvolvimento econômico com justiça social de verdade. levantando,
ainda que não tenha sido o vencedor eleitoral, a esperança e a certeza de que
este País, jamais será o mesmo depois desta campanha.
Estou falando do Senador AÉCIO NEVES, um cidadão que como
poucos, tomou como meta a restauração do País, através de uma nova ordem
social, assentada nos pilares fundamentais da democracia: liberdade de
expressão, direitos fundamentais dos seus cidadãos, independência entre os
poderes, união do seu povo e inclusão das regiões menos desenvolvidas com
tratamento diferenciado, para que todos possam compartilhar dos avanços,
experimentando oportunidades mais justas e mais fraternas, já que num País tão
rico e regionalmente tão desequilibrado, não há como silenciar na alma de
qualquer pessoa dotada de amor ao próximo, este grito de alerta, e sustentar um
modelo cansado, esgotado, sem criatividade, tentando administrar a pobreza com
objetivos menores e gerando a cada dia mais pessoas submetidas à miséria.
Tudo que foi dito e sempre negado pelos vencedores, está aí
já acontecendo.
Com que roupa, com que cara, iremos nós, ao samba que você
patrocinou!
Estão assombrados ao perceberem que venceram uma batalha,
mas não há como vencer a guerra. As demandas já existiam de forma represada, a
trincheira rompeu, os problemas fluem em toda dimensão nacional, como um
verdadeiro dilúvio. Cadê a arca? caberá todos nós? ou morreremos afogados e
sufocados nesta imensidão de problemas sem uma equação capaz de resolvê-los nem
mesmo a médio prazo?
Afinal, quem poderá ir às ruas e receber os abraços e
carinho da população?
Me parece um tanto estranho que com tão poucos dias, a
verdade possa ter sido descortinada, desmascarada, enquanto nós outros, cheios
de esperança de profundas mudanças, passamos a conviver com o sentimento de que
o Novo, chegou mais envelhecido e com menos sustentação e possibilidade de
promover o que todos desejávamos.
Nos resta a expectativa de que haja pelo menos humildade
nesta gente tão arrogante e que os tomados como perdedores, tenham compaixão da
Nação e com altivez e caridade, sem abrir mão de princípios, possam contribuir,
se oportunidade tiverem, nestas condições, em benefício da nossa gente.
Que Deus nos Proteja! Um abraço, Joaquim Cunha.
Joaquim Cunha, ex-prefeito de Gavião (BA) – Foi Presidente
da Associação de Prefeitos da Região nordeste e Vice-Presidente da União dos
Municípios da Bahia (UPB).
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