A presidente Dilma Rousseff confirmou nesta segunda-feira
(22) que irá trabalhar para abrir o capital da Caixa Econômica Federal, mas
indicou que o processo deve demorar.
Em café da manhã com jornalistas, a presidente não deu
detalhes de como pretende formalizar a operação, mas, conforme antecipou a
coluna Mercado Aberto, da Folha, integrantes do governo acreditam que a medida
demorará até dois anos para ser realizada porque a presidente precisa organizar
o banco antes de iniciar o processo.
Segundo ainda a coluna adiantou, o projeto da equipe atual
seria fazer uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) daqui
a um ano e meio aproximadamente, pois antes da operação, o banco teria de
passar por um processo de saneamento.
A nova equipe econômica, segundo interlocutores, reconhece a
pertinência e o fundamento econômico da ideia, mas considera que não está entre
as prioridades a serem implementadas de início.
A abertura de capital geraria recursos importantes para o
Tesouro Nacional. Caso a ideia se viabilize em 2016, chegará em boa hora.
O governo deve fechar este ano com deficit em suas contas. O
novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, já se comprometeu a promover um ajuste
fiscal a partir de 2015, o que demandará corte de despesas e aumento de
receitas.
A meta é que o setor pública faça uma economia para o
pagamento de juros (superavit primário) equivalente a 1,2% do PIB (Produto
Interno Bruto) no próximo ano e de pelo menos 2% do PIB em 2016 e 2017.
A Caixa é o principal concessor de empréstimos habitacionais
e o terceiro maior banco do país em ativos totais. Em setembro, a Caixa somava
1 trilhão de reais em ativos, segundo dados do Banco Central (BC), atrás do Banco
do Brasil (1,3 trilhão de reais) e do Itaú (1,1 trilhão de reais).
Conteúdo da Folha de S.Paulo e último paragrafo do site
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