O ministro Pepe Legal – ou melhor: Pepe Vargas, das Relações
Institucionais – avisou, avisou, avisou... Que não vai rolar nova CPI para
investigar a roubalheira na Petrobras. Não vai rolar.
Basta! O caso já mereceu duas CPIs. Uma mista, formada por
senadores e deputados. Outra formada só por deputados. Essa praticamente não
funcionou.
A outra funcionou sobre o estrito controle do governo por
meio dos seus áulicos no Congresso. E sabem no que deu? Em nada. Deu em nada.
Sequer serviu para a oposição fazer barulho.
E assim foi apesar da presidente Dilma Rousseff, na época em
que ainda precisava falar com jornalistas para se reeleger, ter ficado rouca de
repetir que queria a verdade sobre a Petrobras.
Não importava quanto custaria. Ela, a presidente da
República, ex-presidente do Conselho de Administração da Petrobras, ex-ministra
das Minas e Energia, queria a verdade custasse o quanto custasse.
Era lorota, como se viu. Continuará sendo lorota caso Dilma
volte a comentar o assunto. Está difícil. Ela foge dos jornalistas desde o
final do ano passado. Não quer se juntar com notícias ruins. Só com boas.
E como as boas andam escassas... Há razões de sobra para que
se instale uma terceira CPI da Petrobras.
Do encerramento das duas primeiras para cá, muita lama veio
à tona comprometendo a imagem daquela que já foi uma das maiores empresas do
mundo. A Era PT conseguiu rebaixá-la.
CPI é instrumento de investigação da minoria. Não perde a
validade só porque o Ministério Público e a Polícia Federal saíram na frente
das apurações.
O silêncio de Dilma, e a fuga à obrigação de oferecer
rotineiras explicações ao distinto público, só conspiram para reduzir sua
aprovação. É o que restará demonstrado pelas próximas pesquisas.
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