A presidente Dilma Rousseff inicia o primeiro mandato com
recordes negativos na balança comercial. O saldo das exportações e das
importações brasileiras ficou negativo em R$ 2,8 bilhões em fevereiro. Esse é o
maior déficit para o mês da série histórica da Secretaria de Comércio Exterior
(Secex) do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic),
iniciada nos anos 1980. Esse dado superou o recorde anterior, de fevereiro de
2014, quando o resultado ficou no vermelho em R$ 2,1 bilhões.
A balança também registrou o segundo pior bimestre da
história, com um déficit de R$ 6,01 bilhões de janeiro a fevereiro deste ano,
pouco abaixo do saldo negativo de R$ 6,21 bilhões registrado no mesmo intervalo
de 2014. Nesse período os embarques de commodities encolheram 17%, para R$ 10
bilhões. A maior queda nas exportações no bimestre foi de soja em grão (-70,7%
), seguida de minério de ferro (-43,2%). Entre os manufaturados, os embarques
de combustível e as vendas de veículos para o mercado externo registraram
queda. No bimestre, o tombo foi de 67% e 28,7%, respectivamente, e isso ajudou
na retração de 13% das exportações de manufaturados de janeiro a fevereiro,
para US$ 9,9 bilhões.
Apesar de a China ter ultrapassado os Estados Unidos como
principal destino dos produtos brasileiros em fevereiro, no acumulado do
bimestre, os EUA mantiveram-se na liderança. A Argentina permaneceu em terceiro
lugar nos dois casos.
Conteúdo do Correio Braziliense
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