A Justiça de Mato Grosso determinou a prisão preventiva do
ex-governador Silval da Cunha Barbosa (PMDB), sob suspeita de desvio de
recursos públicos e lavagem de dinheiro. Ele não foi encontrado e era
considerado foragido até as 19h30 desta terça-feira (15).
A prisão foi decretada pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá, de
combate ao crime organizado.
Uma operação conjunta da Polícia Civil do Estado com
promotores e juízes resultou na prisão de dois ex-secretários de Fazenda da
gestão do peemedebista, Pedro Nadaf e Marcel Souza de Cursi.
Barbosa não foi encontrado no prédio onde mora nem na
Assembleia Legislativa de Mato Grosso, onde prestaria depoimento na CPI da
Renúncia e Sonegação Fiscal, que apura irregularidades na concessão de
incentivos fiscais durante a gestão do peemedebista.
Além das prisões, a operação, batizada de Sodoma, conduziu
três pessoas à delegacia e cumpriu 11 mandados de busca e apreensão de
documentos na casa de suspeitos de participar do esquema, incluindo a
residência de Barbosa.
O ex-governador é investigado pelos crimes de lavagem de
dinheiro e concussão (quando um funcionário público usa de seu cargo para
exigir vantagem indevida). Ele é suspeito de participar de um esquema de
lavagem de dinheiro entre empreiteiras, o governo e agentes públicos de Mato
Grosso.
Em agosto, a mulher de Barbosa, a ex-primeira-dama Roseli
Barbosa, chegou a ser presa em São Paulo sob suspeita de liderar um esquema de
desvio de verbas dos cofres estaduais, mas obteve um habeas corpus e responde
ao processo em liberdade.
A reportagem não conseguiu localizar o advogado do
ex-governador nem dos ex-secretários de Fazenda presos nesta terça.
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