Foi numa tarde chuvosa de segunda-feira, 12 de outubro que desapareceu o “Senhor
Diretas”, Ulysses Guimarães. Ulysses Guimarães morreu (desapareceu) em 12 de
outubro de 1992, num acidente de helicóptero nos mares do Rio de Janeiro. Era
uma segunda-feira, feriado nacional, dia de Nossa Senhora Aparecida, a
padroeira do Brasil.
O helicóptero Esquilo, prefixo PT-HMK, que transportava os
casais Ulisses Guimarães e Severo Gomes caiu 30 minutos depois de levantar voo
em Angra dos Reis, litoral do Rio de Janeiro, com destino a São Paulo.
O grupo retornava de um fim de semana na casa do empresário
Luís Eduardo Guinle, no condomínio Portogallo. Severo, ministro da Agricultura
do governo Castelo Branco e da Indústria e do Comércio do governo Geisel,
rompera em 1977 com o regime militar, em 1979 filiara-se ao MDB e tornou-se um
dos grandes amigos de Ulysses.
Durante várias horas a nação viveu a expectativa de que Ulysses
poderia aparecer com vida. Em vão. Com lágrimas nos olhos, o presidente da
Câmara dos Deputados, Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), na terça-feira, dia 13,
reconheceu a tragédia.
O Congresso preparou-se para receber os restos mortais do
seu mais ilustre personagem. O corpo não foi encontrado, mas a morte foi
oficialmente reconhecida. O país entrou em luto.
Se estivesse vivo, Ulysses Guimarães teria completado 99
anos no último dia 6 de outubro. Ulysses nasceu em Itaqueri da Serra, Itirapina
(SP), em 6 de outubro de 1916.
Dr. Ulysses era advogado ativo, mas foi na política que se
destacou. Ferrenho opositor à ditadura militar, presidiu a Câmara dos Deputados
em duas ocasiões distintas e também foi candidato a presidência da República na
eleição de 1989.
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