O recém-eleito presidente da Argentina, Maurício Macri, está
revendo a presença do país sul-americano no canal de propaganda multiestatal
Telesur. O novo ministro de Comunicações e Conteúdos Públicos da Argentina,
Hernán Lombardi, disse que está realizando “auditorias de choque” em todas as
áreas com “resultados no prazo de 15 dias”, e assegurou que serão denunciados
os programas de comunicação onde supostamente se cometeram delitos.
A informação foi divulgada no domingo (27/12) pelo ministro,
conforme o site da Radio del Sur.
Há 10 anos transmitindo seu sinal sob o slogan Nosso Norte é
o Sul, a Telesur é um projeto de propaganda política criado pelo líder da
Revolução Bolivariana, Hugo Chávez, e pelo comandante da Revolução Cubana,
Fidel Castro, e recebe apoio financeiro da Argentina, Bolívia, Cuba, Equador e
Nicarágua. Seu objetivo é promover o socialismo do século XXI através de um
meio que exalta as atividades dos governos socialistas. A representante do país
no canal, cuja transmissão é feita na Venezuela, é Carolina Silvestre, esposa
do dirigente kirchnerista Juan Carlos Dante Gullo.
Lombardi também anunciou a criação de um novo manual de
estilo da mídia pública para “restaurar o objetivo dos meios de comunicação
públicos que estava adormecido por trás da propaganda socialista”.
Mauricio Macri também mandou suspender imediatamente o canal
de TV Senado, meio de comunicação que transmitia as sessões do Senado e algumas
reuniões de comissões, que incluía entrevistas com senadores aliados de
Cristina Fernández de Kirchner, um programa de notícias e um programa semanal
sobre culinária.
Na quinta-feira (24/12), a polícia argentina invadiu a sede
do Serviço de Comunicação Audiovisual (AFSCA), entidade encarregada de
silenciar toda e qualquer mídia crítica ao regime, equivalente à Supercom do
Equador. Macri ordenou o desalojamento do organismo e, por decreto, a saída de
Martín Sabbatella, presidente da Afsca, cujo mandato se encerraria em 2017.
Do Epoche Times
Nenhum comentário:
Postar um comentário