Famoso "depósito" de empregos destinado aos amigos
do governo, a TV Brasil começa 2016 com a mesma audiência desde sua fundação:
zero de ibope. Ou, para ser absolutamente exato: 0,14 ponto de ibope. Desde
2007, quando foi criada, estima-se que já tenha custado mais de R$ 6 bilhões ao país.
Em outras palavras, 0,14 ponto de ibope está naquela
"região" que os especialistas chamam de "traço de
audiência". É um resíduo, uma espécie de poeira, um público praticamente
inexistente. Pode-se dizer até que o telespectador da TV Brasil é quase um
"fantasma".
Desde a crise que assola o país, não se falou nenhuma vez em
cortes em seus inchadíssimos quadros profissionais da emissora, quiçá para
ajudar o país a fechar suas desmilinguidas contas.
A emissora de TV estatal foi lançada no governo Lula, pelas
mãos do "visionário" jornalista Franklin Martins (ex-Globo).
O canal tem inclusão obrigatória em todas as operadoras do
país e, ainda assim, amarga hoje o 41º lugar de audiência, segundo dados
consolidados no PNT (Painel Nacional de Televisão).
A TV Brasil tem menos audiência que emissoras de TVs
centenas de vezes menos custosas, como Rede Vida (40º), TV Aparecida (39º) ou
TV Cultura (30º).
Em números, a TV Brasil tem o mesmo ibope de canais como
Animal Planet e Boomerang, que são pagos e ainda assim nem estão nos pacotes
básicos de algumas operadoras.
O que é pior mesmo é que essa emissora, que consome centenas
de milhões de reais por ano, tem suas maiores (sic) audiências apenas quando
está exibindo programação de terceiros, como a Cultura, ou programas infantis
estrangeiros, como "Pingu".
Como TV, em termos de criatividade e qualidade, merece nota
zero. Ou, para ser bem justo, nota 0,14.
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