quinta-feira, 10 de março de 2016

BATEU, LEVOU

O ex-ministro Ciro Gomes perdeu o limite do bom-senso. Na sexta-feira passada (4), ao conceder uma entrevista à Rádio Tupinambá AM, de Sobral, atacou de forma dura o único deputado federal que teve a coragem de enfrentar o presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, para defender o então ministro Cid Gomes, que acabou demitido pela Presidente Dilma.
Fiel ao estilo bocudo, Ciro agrediu Domingos Neto acusando-o de ser muito vinculado a Eduardo Cunha. “Um garoto jovem, espertinho, que se encantou com o estilo de Eduardo Cunha”. Também condenou o fato de ele trocar de partido. Deixou PMB e está indo para o PSD.
De modo tranquilo e sem os arroubos ciristas, tão afeitos a ser dono do mundo, Domingos Neto foi contundente: “Qual a moral que Ciro tem para fazer qualquer critica ou cobrança a qualquer político brasileiro? Ciro é um vira-casaca de partidos.”
A resposta de Domingos Neto é a mais pura verdade e cala fundo  a alma de Ciro. Afinal, ele foi da Arena, PDS, PMDB, PSDB, PPS, PSB, PROS, e agora está no PDT. Sete partidos o acolheram. Mas a lista pode crescer com novas filiações nas próximas eleições. Com exceção da atual legenda, Ciro e os irmãos saíram rompidos de todos. E todos os partidos fazem acusações de traições a eles.
Ainda ao rebater as agressões de Ciro, Domingos Neto estranhou o fato de ser ofendido às vésperas do seu casamento, quando estava envolvido apenas em receber seus convidados.
Hoje, apesar de estar em clima de lua-de-mel, mesmo assim trabalhando em Brasília, respondeu a Ciro, desmascarando suas idiocracias.
“É estranho. É muito esquisito Ciro cobrar porque estou no PSD e minha mãe no PMB. Logo ele, que em 2008 apoiou a candidatura da senadora Patrícia Saboia, do PDT, quando ele era do PSB e seu irmão, governador do Ceará, votava na candidatura da petista Luizianne Lins. Esquece que o presidente da Assembleia, Zezinho Albuquerque, é do PDT e seu filho, prefeito Antônio José, é do PP. A vice-governadora, Izolda Cela, é do PDT e seu marido, prefeito Veveu, do PT.  Há outros casos que podem ser citados. Coerência e gratidão não são palavras presentes com muita constância no linguajar do ex-ministro Ciro Gomes, com quem tanto convivi”, disparou Domingos Neto.
“Por fim, agradeço os elogios de Ciro ao meu pai e à minha mãe. Eles são e continuarão sendo minhas referências na política”, concluiu o deputado.
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