O ex-ministro Ciro Gomes perdeu o limite do bom-senso. Na
sexta-feira passada (4), ao conceder uma entrevista à Rádio Tupinambá AM, de
Sobral, atacou de forma dura o único deputado federal que teve a coragem de
enfrentar o presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, para defender o então
ministro Cid Gomes, que acabou demitido pela Presidente Dilma.
Fiel ao estilo bocudo, Ciro agrediu Domingos Neto acusando-o
de ser muito vinculado a Eduardo Cunha. “Um garoto jovem, espertinho, que se
encantou com o estilo de Eduardo Cunha”. Também condenou o fato de ele trocar
de partido. Deixou PMB e está indo para o PSD.
De modo tranquilo e sem os arroubos ciristas, tão afeitos a
ser dono do mundo, Domingos Neto foi contundente: “Qual a moral que Ciro tem
para fazer qualquer critica ou cobrança a qualquer político brasileiro? Ciro é
um vira-casaca de partidos.”
A resposta de Domingos Neto é a mais pura verdade e cala
fundo a alma de Ciro. Afinal, ele foi da
Arena, PDS, PMDB, PSDB, PPS, PSB, PROS, e agora está no PDT. Sete partidos o
acolheram. Mas a lista pode crescer com novas filiações nas próximas eleições.
Com exceção da atual legenda, Ciro e os irmãos saíram rompidos de todos. E
todos os partidos fazem acusações de traições a eles.
Ainda ao rebater as agressões de Ciro, Domingos Neto
estranhou o fato de ser ofendido às vésperas do seu casamento, quando estava
envolvido apenas em receber seus convidados.
Hoje, apesar de estar em clima de lua-de-mel, mesmo assim
trabalhando em Brasília, respondeu a Ciro, desmascarando suas idiocracias.
“É estranho. É muito esquisito Ciro cobrar porque estou no
PSD e minha mãe no PMB. Logo ele, que em 2008 apoiou a candidatura da senadora
Patrícia Saboia, do PDT, quando ele era do PSB e seu irmão, governador do
Ceará, votava na candidatura da petista Luizianne Lins. Esquece que o
presidente da Assembleia, Zezinho Albuquerque, é do PDT e seu filho, prefeito
Antônio José, é do PP. A vice-governadora, Izolda Cela, é do PDT e seu marido,
prefeito Veveu, do PT. Há outros casos
que podem ser citados. Coerência e gratidão não são palavras presentes com
muita constância no linguajar do ex-ministro Ciro Gomes, com quem tanto
convivi”, disparou Domingos Neto.
“Por fim, agradeço os elogios de Ciro ao meu pai e à minha
mãe. Eles são e continuarão sendo minhas referências na política”, concluiu o
deputado.
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