Do G1, em São Paulo
O Ministério Público de São Paulo pediu a prisão preventiva
do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e mais seis pessoas na denúncia em
que acusa o ex-presidente de esconder que é dono de um apartamento triplex em
Guarujá, no litoral de São Paulo. A defesa de Lula nega que ele seja proprietário
do imóvel.
A juíza Maria Priscila Veiga Oliveira, da 4ª Vara Criminal
de São Paulo, decidirá se decreta ou não a prisão de Lula e se torna réus
outros 16 acusados pelo MP na ação. A juíza não tem prazo para tomar essa
decisão.
O caso investigado está relacionado com a Cooperativa
Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop) (entenda). O inquérito que
corre em São Paulo não tem relação com a Operação Lava Jato, em Curitiba.
Em nota, o Instituto Lula afirma que o pedido de prisão é
uma "prova da parcialidade" do promotor do caso. Mais cedo, o
instituto afirmou que a denúncia não tem base na realidade.
Fundamentos da prisão
Segundo os promotores, Lula precisa ser preso
preventivamente porque, solto, é uma ameaça à ordem pública. Eles dizem que o
ex-presidente tentou se valer de sua influência para frear as investigações e
inflamar a população contra as investigações do MP e as decisões da Justiça.
Além disso, que há risco de "evasão extremamente simples", pelo
"poder" de ex-presidente que possui.
Afirmam ainda que Lula e seus apoiadores fazem
"manobras violentas, com defesa pública e apoio até mesmo da Presidente da
República, medidas que somente tem por objetivo blindar o denunciado –
erigindo-o a patamar de cidadão 'acima da lei', algo inaceitável no Estado
Democrático de Direito brasileiro, pois é inadmissível permitir-se o tumulto do
estado normal de trâmite das investigações e do vindouro processo crime".
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