Do O Globo
O ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato no Supremo
Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira a abertura de mais um
inquérito para investigar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), no
âmbito da Operação Lava-Jato. A decisão foi tomada a partir de um pedido do
procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Agora, Renan responde a sete
inquéritos na mais alta corte do país. Ainda há pendente um outro pedido de
Janot, para a abertura do oitavo inquérito contra o peemedebista.
Em despacho desta segunda-feira, foi aberto inquérito para
apurar indícios contra o parlamentar que surgiram a partir de delação premiada
de Carlos Alexandre de Souza Rocha, conhecido como Ceará, que atuava como
entregador de dinheiro para o doleiro Alberto Youssef. Em depoimento, Ceará
teria dito que foram repassados valores a Renan. O senador é suspeito de
corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Segundo Janot, houve “repasse, de forma oculta e
disfarçada”, de vantagem pecuniária indevida ao parlamentar. Na delação, Ceará
disse que, entre 2009 e 2014, ele não se lembrava a data exata, houve movimentação
no Congresso Nacional para instalar a CPI da Petrobras. O depoente disse ter
ouvido Youssef dizer que daria R$ 2 milhões a Renan para evitar a instalação.
Ele não informou se o dinheiro foi pago ao parlamentar.
Dos sete inquéritos abertos contra Renan. seis tratam de
suspeitas relativas à Lava-Jato. O sétimo apura se uma empreiteira pagava
pensão à jornalista Mônica Veloso, que tem uma filha com o senador. Há pedido
de Janot para o tribunal abrir mais um inquérito contra Renan, que trata da movimentação
financeira suspeita de Renan no valor de R$ 5,7 milhões. As suspeitas surgiram
a partir das investigações do caso Mônica Veloso, mas os crimes apontados são
outros. Caberá ao ministro Dias Toffoli decidir abrir esse inquérito no STF.
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