segunda-feira, 28 de março de 2016

TÁTICA PETISTA

Na página 145 do recém relançado livro Assassinato de Reputações: um Crime de Estado, que fiz com Romeu Tuma Junior (agora pela Editora Matrix) está escrito com todas as letras: o dossiê Alstom, que veio da Suíça, foi vazado pela secretária do procurador Eugênio Aragão, hoje ministro da Justiça, antes que chegesse às mãos das autoridades. Tudo para ferrar os tucanos citados.
Vazou do gabinete do mesmo Aragão que hoje promete substituir delegados suspeitos de vazarem a Lava Jato.
Que moral tem Aragão, heim?
Semana passada já anunciei aqui o golpe de Aragão:
Também já escrevi como gente ligada à Odebrecht vazou o listão da Lava Jato:
Muito já se falou que José Paulo Bisol, relator da CPI das Empreiteiras e candidato a vice-presidente na chapa de Lula em 1989, ensinou ao PT como se vazar tudo para ferrar a oposição.
Mas quero te lembrar outro episódio. O da Pasta Rosa.
O chamado Dossiê da Pasta Rosa, divulgado em dezembro de 1995, consistia em um conjunto de documentos que mostrava uma contribuição de 2,4 milhões de dólares do Banco Econômico, de Ângelo Calmon de Sá, para a campanha de 25 candidatos nas eleições de 1990. Naquele tempo, empresas eram proibidas de ajudar financeiramente as campanhas. Verbas para candidatura de outros 24 políticos também teriam sido doadas pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Nenhuma das contribuições foi registrada como verba eleitoral, configurando suposta prática de caixa 2.
Ao todo, 49 políticos foram acusados. O principal era Antônio Carlos Magalhães, que na ocasião elegeu-se governador da Bahia pelo PFL e teria recebido, sozinho, 1,114 milhão de dólares do Banco Econômico. Faziam parte da lista outros nomes como o do senador José Sarney, deputados federais Renan Calheiros, de Alagoas, Ricardo Fiúza, de Pernambuco e Benito Gama, da Bahia. Os nomes de outros candidatos a governador também figuravam na lista, como Joaquim Francisco, por Pernambuco e José Agripino Maia, pelo Rio Grande do Norte.
Ângelo Calmon de Sá foi indiciado pela Polícia Federal por crime contra a ordem tributária e o sistema financeiro, com base na Lei do Colarinho-Branco.
Sabe quem vazou a Pasta Rosa? O próprio Ângelo Calmon de Sá: para ferrar ACM.
Da mesma forma que o PT e a Odebrecht vazaram o listão da Lava Jato: para botar todo mundo no mesmo barco e estabeleceu,: “Ferremos todos a Lava Jato porque ela vai nos levar a todos”
É o chamado abraço de afogado.
O ministro da Justiça aprendeu com essa gente. E muito bem.
Bookmark and Share

Nenhum comentário:

Postar um comentário