As manobras protelatórias dos senadores que compõem a tropa
de choque da presidente afastada Dilma Rousseff, na comissão do impeachment do
Senado, não são boas para o País e vão na contramão do que os empresários e a
sociedade clamam: estabilidade política e econômica, que passam pela conclusão
urgente do processo de impedimento.
A despeito disso, o que se viu até agora são reuniões
intermináveis, que duram mais de 12 horas. O ritmo modorrento se deve, na
maioria das vezes, pelas interrupções dos senadores Lindbergh Farias (PT-RJ),
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Humberto Costa (PT-PE), Fátima Bezerra (PT/RN) e
Gleisi Hoffmann (PT-PR), com o objetivo de obstruir a pauta.
As questões de ordem
vão desde a discussão do regimento até pedido de longa pausa para horário do
almoço. Outras artimanhas também tiveram a função de colocar no ponto morto os
trabalhos do colegiado: excesso de requerimentos, um total de 121; quantidade
de depoimento de testemunhas arroladas, 40; e o pedido de uma perícia, em que
uma junta técnica terá que responder a 99 questionamentos.
Com o festival de protelações, a petista adiou por, no
mínimo, sete dias a votação final do impeachment. Agora, só depois das
Olimpíadas. (Ary Filgueira)
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