12 Motivos para não votar em Marcelo Crivella
O candidato pelo Partido Republicano Brasileiro (PRB), o senador Marcelo Crivella da coligação Por Um Rio Mais Humano (PRB/PR/PTN), está em primeiro lugar nas intenções de votos com 31% de aprovação segundo o Ibope (14/09). Os discursos que Crivella são permeados de muita demagogia com a população que mora nas favelas do Rio de Janeiro e com os trabalhadores, com o lema da sua campanha “Chegou a hora de cuidar das pessoas”, tem usado até como jingle uma versão de uma música de funk.
Nenhum candidato tem denunciado que ao contrário de
candidato ético e progressista, sua política e dos candidatos de seu partido
vai contra os trabalhadores e os oprimidos. Nem Marcelo Freixo (PSOL) está
denunciando a demagogia do Crivella, pois adotou a estratégia de só denunciar o
Pedro Paulo (PMDB), sucessor de Eduardo Paes à prefeitura, que está disputando
com ele a vaga para o segundo turno. Trazemos 12 motivos do porque não votar
nele e porque não governará pelos trabalhadores, pela juventude, as mulheres,
negros e negras, LGBT e da população que vive nas favelas do Rio de Janeiro.
1) Crivella é conservador, seu partido o PRB possui fortes
laços com a Igreja Universal do Reino de Deus, ele é sobrinho do bispo Edir
Macedo, dono da Record. Ainda que durante as eleições tem feito questão de
desvincular sua imagem da da Igreja, querendo aparecer demagogicamente como o
candidato que respeita todas as religiões, como a Umbanda, o Kardecismo, etc.
Mas sabemos que apesar de também tentar aparecer progressista em relação aos
direitos democráticos das mulheres e LGBT’s, é contra o direito ao aborto
legal, seguro e gratuito. E já deu declarações nas eleições de 2014 de que via
a homossexualidade como um pecado. E para completar em 2004 foi investigado por
ser “laranja” da Igreja Universal do Reino de Deus, que assumiu que Marcelo
Crivella tinha bens em seu nome que na verdade pertenciam àquela igreja.
2) Em 2011, como segundo vice-presidente da Frente
Parlamentar Mista em Defesa da Vida e Contra o Aborto, esteve a frente de uma
campanha no Congresso contra qualquer lei que pudesse aprovar a
descriminalização e legalização do aborto.
3) Quando Ministro da Pesca no primeiro mandato do governo
Dilma (PT) fez parceria entre a Confederação Nacional da Pesca (dirigida pela
Força Sindical da qual o presidente se filiou ao PRB) e o Ministério da Pesca,
e houve denúncias que o Ministério privilegiava o cadastramento de seus
eleitores.
4) Crivella denuncia o governo Paes e o PMDB de não
priorizarem os serviços públicos da população em detrimento do gasto
exorbitante com obras para os megaeventos. Mas até ano passado estava em
parceria com o prefeito Eduardo Paes com seu Projeto Cimento Social, que se
tornou uma política de urbanização das favelas do governo de Paes e que também
recebia verbas do governo Federal de Lula. Este projeto tem diversas denúncias
pela péssima qualidade das reformas feitas nas casas, que já apresentam novos
problemas. Há denúncias de que as lista de famílias beneficiadas, eram feitas
pela Igreja Universal, da qual Crivella é bispo e por setores de seu
eleitorado. Claramente um projeto voltado não para resolver o problema de
moradia da cidade, mas sim para fazer demagogia com projetos sociais que tem
como finalidade angariar votos e para enriquecimento do próprio Crivella.
5) Em 2008, como
senador, mandou o Exército para o Morro da Providência no Rio de Janeiro para
supervisionar obras do seu Projeto Cimento Social. Militares comandados por um
tenente capturaram três moradores e entregaram para serem torturados e mortos
por uma facção de traficantes rivais. Este caso gerou grande repercussão e
questionamento sobre a permanência das tropas no morro. Além disso, a Justiça
Eleitoral julgou o Projeto Cimento Social, afirmando que tinha um conteúdo
eleitoral que beneficiava Crivella nas eleições à prefeitura do Rio de Janeiro
no mesmo ano.
6) Idealizou, em 2011, com outros senadores, o Projeto de
Lei 728/2011 contra o “terrorismo” e crimes na copa e eventos esportivos, o que
dava base na realidade para reprimir as manifestações da juventude e dos
trabalhadores.
7) Um dos colaboradores para as ideias da campanha e da
elaboração do plano de governo das eleições de 2016 é nada mais nada menos que
Rodrigo Bethlem, ex-secretário de Eduardo Paes, acusado de desvios de recursos
públicos no período em que foi titular da Assistência Social, entre novembro de
2010 e junho de 2012. Em julho de 2014, foram divulgados áudios em que o
ex-secretário revelava que recebia propina de R$ 85 mil de ONG’s que prestavam
serviços à prefeitura.
8) No seu programa destas eleições, promete 40 mil vagas nas
creches a partir da parceria público privada (PPP), ou seja, defende a
privatização da educação que enriquece o bolso dos grandes empresários que
lucram ao invés de investir dinheiro público em educação pública de qualidade.
9) No seu programa também diz que vai “redirecionar
imediatamente o foco da Guarda Municipal (que hoje se dedica majoritariamente à
zeladoria de prédios municipais, à aplicação de multas e ao combate ao comércio
ambulante) às operações de policiamento comunitário e vigilância ostensiva da
cidade, garantindo a presença de pelo menos 80% do seu efetivo nessas operações
até o final de 2018”. Isso significará guardas municipais armados e consequentemente
mais repressão aos trabalhadores e juventude negra e pobre.
10) Defende manter o apoio das Organizações Sociais de Saúde
(OSS) à Saúde Pública Municipal, que significa apoiar o atual estado caótico da
saúde resultado da privatização e precarização do trabalho com as OSS’s, que
aumentaram no governo do PMDB.
11) Recentemente o candidato foi notificado pelo Tribunal
Regional eleitoral e está sendo investigado se Crivella usou dinheiro de caixa
2 para produzir material de campanha. Milhares de matérias do candidato foram
apreendidos no comitê do candidato em Realengo na Zona Oeste, a apreensão foi
feita por desrespeitar a regra de 30% para nome do vice. O CNPJ da empresa dos
materiais até então não foi encontroado e pode ser uma empresa fantasma. O TRE
vai enviar para o Ministério Público Eleitoral e para a PF, o candidato pode
ter que pagar multa ou responder aos crimes de lavagem de dinheiro e falsidade
documental.
12) O Partido Republicano do Brasil votou na câmara federal
com todos seus mandatos favoráveis a abertura do processo de impeachment e na
consolidação do golpe institucional na votação do senado. É da base aliada do
governo golpista do Temer que vão avançar ainda mais do que o PT já vinha
fazendo sob os direitos dos trabalhadores e da população.
Carolina Cacau saiu como candidata a vereadora pelo PSOL,
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