Com uma bancada de 13 deputados federais, o PTN (Partido
Trabalhista Nacional) mudará o nome para "Podemos" em dezembro.
A alteração foi amparada em estudos de consultorias e
pesquisas que apontam para desgaste dos atuais partidos.
Apesar de ter o mesmo nome do Podemos, partido espanhol
surgido em 2014 a partir de manifestações de rua, a novo PTN não terá nenhuma
ligação com a legenda liderada pelo cientista político Pablo Iglesias.
O Podemos espanhol, com uma agenda de esquerda, tem a democracia
direta como uma das suas bandeiras.
Presidente nacional do PTN, a deputada Renata Abreu (SP)
afirma que o nome igual ao do partido espanhol é "apenas uma
coincidência" e diz que se inspirou no slogan da campanha de Barack Obama
em 2008, "yes, we can" (sim, podemos).
O Podemos não terá uma linha ideológica definida. Segundo
Abreu, não será "nem de esquerda, nem de direita".
"Esta divisão está superada. As pessoas se movem em
torno de causas, que mudam de tempos em tempos, e não em torno de uma ideologia
estagnada", diz.
Já o deputado federal Bacelar, do PTN da Bahia, classifica a
atual bancada do partido como de centro-direita, com deputados de perfil
conservador. Mas diz que haverá espaço para parlamentares "mais à
esquerda".
Com 300 mil filiados, o PTN foi o partido que teve o maior
crescimento proporcional no número de prefeituras este ano, avanço de 158%.
Elegeu 12 prefeitos nas eleições 2012 e, a partir do próximo ano, terá 31,
incluindo cidades como Osasco (SP).
Fundado em 1945 a partir de uma dissidência do PTB, o PTN é
um dos partidos mais antigos do país. Em 1960, elegeu o presidente da República
Jânio Quadros. Foi extinto pela ditadura em 1965 e refundado em 1995.
Chegou a ter o então prefeito de São Paulo Celso Pitta.
Desde a refundação, o partido é controlado pela família Abreu. Além de Renata,
presidiram-no seu pai, José Masci de Abreu, e seu tio, Dorival de Abreu.
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