quarta-feira, 8 de março de 2017

LUGAR DE MULHER É NA POLÍTICA

A força que a mulher tem na política brasileira é grande, capaz de fazer grandes transformações, e tem feito, credenciando ainda mais na vida política, partidária, militando e fortalecendo sua presença no cenário político brasileiro. O lugar da mulher não se restringe mais a vida de dona de casa, ou atrás de um balcão acompanhando o cônjuge ou algum parente; lugar de mulher é na política.
Até o fim da década de 90, o voto feminino era minoria (49,9%), a partir do ano 2000, se consolidou, hoje é maioria (55,4%) do eleitorado do país. Tem sido o responsável pelo resultado das últimas eleições e o crescimento há cada pleito demonstra que o voto feminino é peça fundamental no jogo político e continuará dando às cartas nas próximas eleições.
O Brasil que até maio do ano passado foi comandado por uma mulher, Dilma Rousseff, - sua eleição representou um marco na história da política brasileira – a participação da mulher na vida política do país ainda é tímida comparada a outros países, como demonstra estudo recente da União Interparlamentar, num ranking de 146 países, o Brasil ocupa o 110º lugar, fica atrás de países como Togo, Eslovênia e Serra Leoa.
Um grande avanço para incentivar engajamento da mulher no cenário político brasileiro foi a criação da Lei de Cotas de Gênero (autoria de Marta Suplicy), que determina que os partidos disponibilizassem mínimo de 20% das vagas para candidatas em eleições proporcionais, mesmo assim, a participação da mulher na política ainda aparece tímida. Em 2010, o Tribunal Superior  Eleitoral (TSE), promoveu mudança na lei, alterando o mínimo para 30%.
Faltam incentivos por parte dos partidos – em sua maioria são presididos por homens – para que a mulher esteja mais inserida no cenário político. Os partidos políticos alegam dificuldades em atrair mulheres para seus quadros.
O país têm 5.570 municípios, na eleição de 2016, ano em que se comemorou 84 anos do voto feminino no Brasil, foram eleitas 641 prefeitas, em 2012 esse número foi 659 prefeitas eleitas.  Em 2016, elegeram-se 7.821 vereadoras, número maior que 2012, quando 7.648 vereadoras  foram eleitas. Das capitais brasileiras, apenas uma, Boa Vista (RR), reelegeu uma mulher prefeita, Teresa Surita.
Nas Assembleias Legislativas, em 2014, foram eleitas 103 deputadas. Dos 27 estados da Federação, apenas Roraima elegeu uma mulher, Suely Campos. No Congresso, a bancada feminina praticamente manteve o mesmo número de senadoras e deputadas da eleição de 2010. O Senado tem 81 senadores, 13 são mulheres. Na Câmara, dos 513 deputados, 46 são mulheres.
Desde a conquista do voto feminino em 1932 – o que veio tarde – a mulher tem conquistado novos setores na política e tem contribuído muito para um Brasil melhor. A prova disso são as cidades e capitais que são ou que foram administradas por mulheres competentes, engajadas com a causa pública: sejam como secretárias, vereadoras, prefeitas, deputadas, senadoras, governadoras ou ministras.
É necessário que a mulher tenha mais espaço na política, assim, será possível termos uma sociedade mais justa e igualitária. A mulher é determinada, não se deixa abater fácil com obstáculos que o dia a dia impõe.
São mulheres assim, guerreiras, perseverantes, cheias de esperanças e capacidade para lutar por uma sociedade onde todos tenham oportunidades iguais que o blog Sou Chocolate e Não Desisto homenageia todas as mulheres neste Dia Internacional da Mulher.
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