A força que a mulher tem na política brasileira é grande,
capaz de fazer grandes transformações, e tem feito, credenciando ainda mais na
vida política, partidária, militando e fortalecendo sua presença no cenário
político brasileiro. O lugar da mulher não se restringe mais a vida de dona de
casa, ou atrás de um balcão acompanhando o cônjuge ou algum parente; lugar de
mulher é na política.
Até o fim da década de 90, o voto feminino era minoria
(49,9%), a partir do ano 2000, se consolidou, hoje é maioria (55,4%) do
eleitorado do país. Tem sido o responsável pelo resultado das últimas eleições
e o crescimento há cada pleito demonstra que o voto feminino é peça fundamental
no jogo político e continuará dando às cartas nas próximas eleições.
O Brasil que até maio do ano passado foi comandado por uma
mulher, Dilma Rousseff, - sua eleição representou um marco na história da
política brasileira – a participação da mulher na vida política do país ainda é
tímida comparada a outros países, como demonstra estudo recente da União Interparlamentar,
num ranking de 146 países, o Brasil ocupa o 110º lugar, fica atrás de países
como Togo, Eslovênia e Serra Leoa.
Um grande avanço para incentivar engajamento da mulher no
cenário político brasileiro foi a criação da Lei de Cotas de Gênero (autoria de Marta
Suplicy), que determina que os partidos disponibilizassem mínimo de 20% das
vagas para candidatas em eleições proporcionais, mesmo assim, a participação da
mulher na política ainda aparece tímida. Em 2010, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), promoveu mudança na lei,
alterando o mínimo para 30%.
Faltam incentivos por parte dos partidos – em sua maioria
são presididos por homens – para que a mulher esteja mais inserida no cenário
político. Os partidos políticos alegam dificuldades em atrair mulheres para
seus quadros.
O país têm 5.570 municípios, na eleição de 2016, ano em que se comemorou 84 anos do voto feminino no Brasil, foram eleitas 641 prefeitas, em 2012 esse número foi 659 prefeitas
eleitas. Em 2016, elegeram-se 7.821
vereadoras, número maior que 2012, quando 7.648 vereadoras foram eleitas. Das capitais brasileiras,
apenas uma, Boa Vista (RR), reelegeu uma mulher prefeita, Teresa Surita.
Nas Assembleias Legislativas, em 2014, foram eleitas 103
deputadas. Dos 27 estados da Federação, apenas Roraima elegeu uma mulher, Suely
Campos. No Congresso, a bancada feminina praticamente manteve o mesmo número de
senadoras e deputadas da eleição de 2010. O Senado tem 81 senadores, 13 são
mulheres. Na Câmara, dos 513 deputados, 46 são mulheres.
Desde a conquista do voto feminino em 1932 – o que veio
tarde – a mulher tem conquistado novos setores na política e tem contribuído
muito para um Brasil melhor. A prova disso são as cidades e capitais que são ou
que foram administradas por mulheres competentes, engajadas com a causa
pública: sejam como secretárias, vereadoras, prefeitas, deputadas, senadoras,
governadoras ou ministras.
É necessário que a mulher tenha mais espaço na política,
assim, será possível termos uma sociedade mais justa e igualitária. A mulher é
determinada, não se deixa abater fácil com obstáculos que o dia a dia impõe.
São mulheres assim, guerreiras, perseverantes, cheias de
esperanças e capacidade para lutar por uma sociedade onde todos tenham
oportunidades iguais que o blog Sou Chocolate e Não Desisto homenageia todas as
mulheres neste Dia Internacional da Mulher.
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