Um membro do Parlamento Europeu afirmou, durante uma sessão
na Casa, que as “mulheres devem ganhar menos que os homens porque são mais
fracas, menores e menos inteligentes”. O Parlamento está investigando se, com o
comentário, o polonês Janusz Korwin-Mikke quebrou o regimento interno, que
proíbe difamação, racismo e xenofobia.
A declaração foi feita durante um debate sobre a
desigualdade de gênero na Europa, em que os parlamentares discutiam a diferença
salarial entre homens e mulheres, segundo o jornal português Público. A média
europeia de desigualdade salarial, de acordo com a publicação, é de 16%.
Em um vídeo da sessão em que Korwin-Mikke defende que os
homens devem ser mais bem remunerados que as mulheres, a deputada espanhola
Iratxe García-Pérez aparece repreendendo o colega polonês. “Eu sei que o fato
de que as mulheres podem representar cidadãos europeus nesta Casa em igualdade
de condições com você te incomoda e te preocupa. Venho defender as mulheres
europeias de homens como você”, respondeu García-Pérez.
O grupo dos deputados socialistas e democratas exigiu do
presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, “uma sanção exemplar contras
as vergonhosas declarações” de Korwin-Mikke.
Segundo a rede britânica BBC, o parlamentar polonês pode ser
punido com penas que vão de uma advertência a multa e suspensão temporária.
Esta não foi a primeira declaração polêmica de Korwin-Mikke
no Parlamento Europeu. Em outubro de 2015, ele foi suspenso por dez dias por
fazer uma saudação nazista na Casa e, no ano passado, foi suspenso por cinco
dias e deixou de receber dez dias de
presença (3.060 euros, o equivalente a 10.000 reais) por comparar o fluxo de
migrantes da Europa com “excremento”.
Da Veja
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