Memória - Eurico Gaspar Dutra , 16º presidente do Brasil, faleceu há 43
anos. Nascido em Cuiabá, 18 de maio de 1883, faleceu e no Rio de Janeiro, 11 de junho de 1974) foi um
militar brasileiro, décimo sexto Presidente do Brasil de 1946 a 1951 e o único
presidente oriundo do atual estado do Mato Grosso.
Vida Militar
Em 1903 Dutra ingressou na Escola Preparatória e Tática do
Rio Pardo, no Rio Grande do Sul, e, depois, na Escola Militar de Realengo e na
Escola de Guerra de Porto Alegre.
Em 1912 formou-se na Escola de Estado-Maior. Dutra não
participou da Revolução de 1930, estando, na época, no Rio de Janeiro, tendo
defendido a ambiguidade frente à Revolução de 1930.
Em 1935 comandou a repressão à Intentona Comunista nas
cidades do Rio de Janeiro, Natal e Recife, uma das primeiras, da I Região
Militar, durante o governo provisório de Getúlio Vargas, que o nomearia
Ministro da Guerra, atual Comandante do Exército, em 5 de dezembro de 1936.
Nesse posto, cumpriu papel decisivo, junto com Getúlio
Vargas e com o general Góis Monteiro, na conspiração e na instauração da
ditadura do Estado Novo, em 10 de novembro de 1937 e na repressão aos levantes
integralistas em 1938. Permaneceu como ministro da Guerra até sair do cargo
para disputar a eleição presidencial de 1945.
A 29 de janeiro de 1940 foi agraciado com a Grã-Cruz da
Ordem Militar de Avis de Portugal.
Durante a Segunda Guerra Mundial, esteve entre os líderes
militares que eram contra o alinhamento do país com os aliados e um maior
envolvimento do país no conflito. Com a participação do Brasil na guerra ao
lado dos aliados, e as crescentes pressões da sociedade civil pela
redemocratização do país, Dutra aderiu formalmente à ideia do fim do regime
iniciado em 1930, sendo novamente expulso do ministério em 3 de agosto de 1945,
participando a seguir da deposição de Getúlio Vargas em outubro de 1945.
Neste contexto, o líder deposto anunciou no mês seguinte seu
apoio a Dutra, candidato do exército, em detrimento do candidato da Aeronáutica,
Eduardo Gomes, nas eleições que se seguiriam.
Presidência
Dutra candidatou-se pelo Partido Social Democrático (PSD),
em coligação com o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), e venceu as eleições
de 2 de dezembro de 1945, com 3.351.507 votos, superando Eduardo Gomes da União
Democrática Nacional e Iedo Fiúza do Partido Comunista do Brasil. Para
vice-presidente, a escolha recaiu sobre o político catarinense Nereu Ramos,
também do PSD, eleito pela Assembleia Nacional Constituinte de 1946. (Quando
Dutra foi eleito presidente, ainda estava em vigência a constituição de 1937,
que não previa a figura do vice-presidente.)
Dutra assumiu o governo em 31 de janeiro de 1946, juntamente
com a abertura dos trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte, em clima da
mais ampla liberdade. O pacto constitucional surgiu do entendimento dos grandes
partidos do centro liberal, o PSD e a UDN, embora ali tivessem assento atuantes
bancadas de esquerda, como as do Partido Comunista do Brasil (PCB) e PTB. Dutra
não interferiu nas decisões, mesmo quando teve seu mandato reduzido de seis
para cinco anos, pois fora eleito na vigência da Constituição de 1937 que
previra mandato de 6 anos. O quinquênio presidencial, que começara com a
proibição do jogo no Brasil (abril de 1946), entraria no ano de 1948 em sua
fase mais característica, marcada pelo acórdão do Tribunal Superior Eleitoral
que considerou fora da lei o PCB (1947) e depois pela ruptura de relações com a
União Soviética (1948).
Depois da presidência
Deixou a presidência em janeiro de 1951, mas continuou a
participar da vida política brasileira. Fez um pronunciamento importante em
1964, contra o governo João Goulart que teve ampla repercussão entre os
militares. Em 1964, logo após o golpe militar contra João Goulart, tentou
voltar à presidência, participando da eleição presidencial de 1964, mas já
estava por demais afastado do grupo militar dominante, sendo preterido por
Humberto de Alencar Castelo Branco.
Dutra tinha um problema de dicção onde trocava a letra c
pela letra x.
Faleceu em 11 de junho de 1974, na Cidade do Rio de Janeiro
(ex-Estado da Guanabara), com 91 anos, sendo o segundo mais longevo de todos os
presidentes brasileiros, ficando atrás somente de Venceslau Brás. Foi sepultado
no Cemitério de São João Batista no Rio de Janeiro.
Via Wikypédia
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