O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou nesta
quinta-feira (22), a validade da homologação das delações da JBS, com acordos
de colaboração premiada, além da manutenção do ministro Edson Fachin como
relator do caso.
O STF é formado por 11 ministros. Foram 6 votos a favor para
que Fachin continue no caso JBS e pela validade da delação (Edson Fachin,
Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux e Dias
Toffoli). Ainda não foram computados os contra.
Sendo assim, a delação de Wesley Batista, um dos donos da
JBS, está confirmada, e o ex-governador Cid Gomes está muito enrolado e será
julgado na Lava Jato. O empresário afirmou que o irmão de Ciro Gomes, em 2014,
recebeu R$ 20 milhões em propina para usar na campanha eleitoral.
“O governador Cid Gomes esteve lá no meu escritório, comigo
e com Joesley, falou conosco, em São Paulo, e pediu uma doação. Nós perguntamos
quanto ele esperava de doação, e ele falou que esperava de nós R$ 20 milhões.
Eu falei: ‘olha, governador, impossível eu contribuir com R$ 20 milhões
enquanto o Estado me deve R$ 110 milhões e não me paga. Como é que eu posso
desembolsar R$ 20 milhões sendo que o Estado que você governa não me paga. Ele
não falou nada, ele saiu e falou: ‘Tá bom, deixa eu ver o que posso fazer sobre
esse assunto’”, disse Wesley na delação.
Entend
Ainda segundo o empresário, esses R$ 20 milhões foram pagos
da seguinte forma: R$9,8 milhões por meio de notas fiscais falsas frias de
diversas empresas; e R$ 10,2 milhões por
meio de doações oficiais para vários candidatos.
Segundo Wesley, em 2010, também houve pagamento de
propina: R$ 4,5 milhões. Sendo R$ 3,5
milhões em notas frias e R$ 1 milhão via doação oficial.
No total, Cid Gomes teria recebido da JBS R$ 24, 5 milhões,
em 2010 e 2014.
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