Do UOL
O juiz federal Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância, condenou a nove e seis meses prisão nesta quarta-feira (12) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista era acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, crimes nos quais estaria envolvido um apartamento tríplex no Guarujá (SP).
O juiz federal Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância, condenou a nove e seis meses prisão nesta quarta-feira (12) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista era acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, crimes nos quais estaria envolvido um apartamento tríplex no Guarujá (SP).
Lula foi condenado por corrupção passiva e lavagem de
dinheiro pela acusação de ter sido beneficiado com o tríplex. Na mesma
sentença, Moro absolveu o ex-presidente pelas "imputações de corrupção e
lavagem de dinheiro envolvendo o armazenamento do acervo presidencial por falta
de prova suficiente da materialidade".
Neste processo, a suspeita contra o ex-presidente era de que
ele havia recebido R$ 3,7 milhões em propina por conta de três contratos entre
a empreiteira OAS e a Petrobras.
Segundo o MPF (Ministério Público Federal), que ofereceu a
denúncia em 14 de setembro do ano passado, o valor teria sido repassado a Lula
por meio do tríplex e do pagamento pelo armazenamento de bens do petista entre
2011 e 2016, como presentes recebidos no período em que ele era presidente.
Os procuradores
pediram a condenação do ex-presidente à prisão, em regime fechado, e o
pagamento de uma multa de mais de R$ 87 milhões. A Petrobras, que participou do
processo como assistente de acusação, concordou com a posição do MPF.
Já a defesa de Lula pediu a absolvição de seu cliente e
comparou o chefe da força-tarefa da Lava Jato, o procurador Deltan Dallagnol, a
Hitler. Dallagnol ficou conhecido pelo uso de um Power Point ao apresentar a
denúncia contra Lula.
A OAS, por sua vez, foi acusada de ter sido beneficiada em
licitações referentes à REPAR (Refinaria Presidente Vargas), em Araucária (PR),
e à RNEST (Refinaria Abreu e Lima), em Ipojuca (PE).
No total, esse esquema de corrupção, que operou entre 2006 e
2012, movimentou R$ 87.624.971,26 em propina, segundo os procuradores.
Mais Lava Jato
A ação penal conhecida como o "processo do
tríplex" chegou ao fim na primeira instância, mas Lula e Moro irão se
encontrar em uma nova oportunidade ainda este ano.
O ex-presidente é réu em um segundo processo na Justiça
Federal no Paraná. Ele é acusado de participar de um esquema de corrupção
envolvendo oito contratos entre a empreiteira Odebrecht e a Petrobras.
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