O PSDB pode ganhar um terceiro nome para disputar com
Geraldo Alckmin e João Doria a vaga de candidato do partido à sucessão do
presidente Michel Temer.
O nome de um político rico, que não precisa roubar para
sustentar suas próximas gerações. Que não está envolvido com falcatruas
apuradas por tantas operações policiais.
Que dispõe de jatinho para viajar sem escala aos Estados
Unidos ou à Europa. Que nacionalmente é conhecido e respeitado pelos que de
fato detêm o poder. E que tem o perfil de algo novo, embora seja velho.
O nome é Tasso Jereissati, senador pelo Ceará, presidente em
exercício do PSDB desde que seu colega, Aécio Neves (MG), foi abatido pela
denúncia de que pediu R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista.
Tasso não trabalha para ser candidato. Depois de um período
afastado da política, apesar da oposição da família, candidatou-se ao Senado
com a pretensão de cumprir um único mandato. Não mudou de ideia.
As circunstâncias é que mudaram. Uma vez indicado por Aécio
para substitui-lo temporariamente, Tasso aliou-se à banda do PSDB que defende o
desembarque do partido do governo Temer.
Suas ações nesse sentido culminaram com o recente programa
do partido no rádio e na televisão sob o mote “O PSDB errou”, levado ao ar na
semana passada. Foi um desmantelo.
A banda do PSDB governista detestou o programa, jurou
fidelidade a Temer e conspira abertamente para derrubar Tasso. É possível que
lance até um manifesto exigindo a sua renúncia.
Nada disso seria preciso. Basta que Aécio informe a Tasso
que retomará a presidência do partido para que ele perca o cargo. O cargo será
de novo de Aécio até dezembro, quando expira seu mandato.
Tasso começou a limpar as gavetas da presidência do PSDB.
Está pronto para sair como punido por patrocinar um programa que disse não o
que as pessoas queriam ouvir, mas o que elas gostariam de falar.
Haverá situação mais promissora para quem apenas pretendia
se despedir da política? Presidência da República é mais destino do que
escolha.
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