Zezé Di Camargo afirmou em entrevista à jornalista Leda
Nagle no YouTube que não acredita que o Brasil tenha vivido uma ditadura
militar entre os anos de 1964 e 1985. “Eu vou falar um absurdo aqui para você,
as pessoas vão me criticar, jornalistas vão falar de mim, achar que sou um
maluco. (…) Muita gente confunde militarismo com ditadura, todo mundo fala ‘nós
vivíamos numa ditadura’. Nós não vivíamos numa ditadura, nós vivíamos num
militarismo vigiado”, disse.
O cantor, que faz dupla com o irmão, Luciano, continuou,
explicando o que ele entende por ditadura. “Ditadura é a Venezuela, Cuba com
Fidel Castro e até hoje vive, Hungria, Coreia do Norte, China, esses são
realmente ditadores. O Chile com o Pinochet. A Argentina também viveu isso. O
Brasil nunca chegou a ser uma ditadura daquelas que ou você está a favor ou
você está morto.”
Leda lembrou que houve prisões, confrontos e tortura durante
os 21 anos da ditadura militar, mas o sertanejo rebateu. “Mas não chegou a ser
tão sangrenta, tão violenta, como a gente vive até hoje, no mundo de hoje. Não
dá para acreditar que muita gente ainda acredita que uma ditadura vai dar
certo. Não quero isso jamais, mas eu imagino que o Brasil hoje precisaria
passar por uma depuração. O Brasil até podia pensar no militarismo para
reorganizar a coisa e entregar de novo, limpamos essa corja e está aqui o
Brasil democrático de novo, como queria. Acho que o Brasil precisava passar por
uma depuração dessas.”
Zezé também afirmou que se considera “politizado” e que já
recebeu alguns convites de partidos para se envolver com a política brasileira.
“Me considero um cara muito politizado. Não me imagino político, já tive
convite para isso. Já conversei com alguns políticos e eles ficam
impressionados com meus conhecimentos políticos do Brasil. Mas não tenho
vocação. Eu quero ser politizado para exercer meu direito como cidadão.”
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