São Paulo – O general da reserva Luiz Eduardo Rocha Paiva
publicou um artigo no jornal O Estado de S. Paulo defendendo que as Forças Armadas façam uma intervenção para assegurar a continuidade da democracia.
Ele mesmo reconhece que não há amparo legal para que as
Forças Armadas ajam por conta própria, mas que o quadro de corrupção
justificaria uma intervenção.
“No Brasil, indivíduos e grupos poderosos vêm usando a lei,
ou a prerrogativa de legislar, com o propósito de auferir vantagens
injustificáveis, portanto, ilegítimas”, diz o general.
Leia um trecho do artigo:
“A intervenção militar será legítima e justificável, mesmo
sem amparo legal, caso o agravamento da crise política, econômica, social e
moral resulte na falência dos Poderes da União, seguida de grave instabilidade
institucional com risco de guerra civil, ruptura da unidade política, quebra do
regime democrático e perda de soberania pelo Estado. Esse processo
revolucionário já foi propugnado, publicamente, por líderes de movimentos
pseudossociais e políticos de ideologia socialista radical, todos investindo constantemente
na divisão da sociedade.
Em tal quadro de anomia, as Forças Armadas tomarão a
iniciativa para recuperar a estabilidade no País, neutralizando forças
adversas, pacificando a sociedade, assegurando a sobrevivência da Nação,
preservando a democracia e restabelecendo a autoridade do Estado após livrá-lo
das lideranças deletérias. São ações inerentes às missões constitucionais de
defesa da Pátria, não restrita aos conflitos externos, e de garantia dos
Poderes constitucionais, da lei e da ordem.”
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