Filho de Antonio Pereira Prestes, capitão do exército, e de
Leocádia Felizardo Prestes, professora primária. Com o pai morto durante sua
infância, Prestes recebeu influência marcante da educação da mãe na composição
de sua personalidade.
Levou vida pobre, sendo educado em casa pela mãe, depois
entrando para o Colégio Militar em 1909. Concluídos os estudos neste, segue na
Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro, atual Academia Militar das
Agulhas Negras, contribuindo com o sustento da família com o seu soldo. Aluno
brilhante, chegaria à patente de segundo-tenente.
Ao tomar conhecimento das "cartas falsas"
atribuídas a Artur Bernardes, começa a envolver-se em questões políticas,
dedicando-se ao combate ao futuro presidente que estava sendo programado pelos
militares. Já como capitão, lidera o foco da primeira revolta tenentista na
região das Missões, em Santo Ângelo, no Rio Grande do Sul. Suas metas eram o
combate à oligarquia, estabelecimento do voto secreto, e convocação de uma
Assembleia Nacional Constituinte.
Ao unir-se a um contingente paulista de militares revoltosos
em Foz do Iguaçu, rompendo as linhas de defesa do governo, Prestes passa a liderar
tal grupo que como outros de militares revoltosos, entre eles Miguel Costa,
resolvem fazer oposição armada ao governo.
O grupo formado no Paraná logo seria batizado de Coluna
Miguel Costa-Prestes (popularmente Coluna Prestes), que ao longo de dois anos e
cinco meses percorreu, com 1500 homens cerca de 25000 km no interior do país,
passando por (na época) 13 estados brasileiros.
Desgastados, os
remanescentes da Coluna Prestes iriam buscar asilo na vizinha Bolívia.
Deslocando-se à Argentina, é neste país, ao dedicar-se a leituras das mais
diversas, é que surgirá no militar Prestes a convicção da eficácia das ideias
marxista-leninistas.
Em 1931 já é comunista convicto, viajando para a União
Soviética, retornando ao Brasil em 1934 com a esposa, Olga Benário, judia
alemã, membro do partido comunista alemão. Os dois, sob o comando da facção
Aliança Nacional Libertadora, ligada ao Partido Comunista Brasileiro,
comandaria o fracassado golpe de 1935 conhecido como "Intentona
Comunista", que visava derrubar o governo de Getúlio Vargas.
Prestes foi preso, sendo que sua mulher, grávida, foi
deportada e entregue à Guestapo (a polícia política da Alemanha nazista),
morrendo em 1942 em um campo de concentração.
Solto em meio ao processo de redemocratização, o
"Cavaleiro da Esperança" elege-se senador pelo PCB em 1945, para logo
ver a cassação do registro de seu partido sob a administração Dutra, em 1947.
Além disso, decretou-se sua prisão preventiva, o que o
forçou a entrar para a clandestinidade. Sua prisão seria revogada em 1958 pelo
presidente Kubitschek, mas, com o Golpe Militar de 1964, novamente torna-se um
clandestino. Deixa o Brasil novamente rumo à União Soviética em 1971, voltando
com a anistia decretada em 1979, sendo que a partir daí, passa a se distanciar
do PCB, deixando a secretaria-geral do partido em 1983, cargo que ocupou por
décadas.
Crendo que o PCB desviara-se do ideal marxista, seu novo
partido será o PDT, legenda sob a qual pedirá votos a Brizola e a Lula nas
eleições de 1989.
Com informações do InforEscola
Entre tantos livros escritos sobre a vida de Luís Carlos
Prestes, o blog Sou Chocolate e Não Desisto recomenda a leitura da recente
biografia Luís Carlos Prestes – Um revolucionário entre dois mundos, de Daniel
Aarão Reis.
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