Marina Silva se saiu melhor que Alckmin; Bolsonaro e Ciro no
moedor de candidatos do Jornal Nacional.
Sim, ela foi inquirida de forma incisiva como os outros. Sim,
teve bate boca entre ela, Bonner e Renata. Mas Marina desviou das cascas de
banana que o JN lhe apresentou, e o fez de forma olímpica.
Rebateu, dosando leveza e firmeza, questões como apoio a
Aécio Neves em 2014; a pretensa falta de liderança; e não fugiu de nenhuma
acusação deincoerência feita pelos apresentadores.
Única mulher candidata, Marina Silva convence pela
simplicidade e clareza com que fala. E talvez tenha deixado uma pulga atrás da
orelha daquele sujeito que ficou no sofá assistindo.
A vantagem dela, até sobre Ciro Gomes que gosta de bradar
que nunca foi processado muito menos acusado de corrupção, é maior porque não
paira sobre a candidata nenhuma nódoa ética.
E ela não se gaba de ser íntegra, ela é, e foi por isso que
avançou pela entrevista se explicando por um lado, e vendendo bem seu peixe por
outro. Dos quatro foi a que mais bem usou a chance preciosa de falar para o
país.
A oitiva de hoje talvez tenha explicado melhor porque ela é
a segunda colocada nas pesquisas, a frente de Ciro e Alckmin. Sim, Bolsonaro
tem quase o dobro do percentual dela, mas Marina por estar fora do FLA x FLU
político que o militar insufla, goza da preferência de um tipo de eleitor que
busca o que ela procurou passar na entrevista, diálogo e equilíbrio.
Se a avaliação de Marina não for contaminada pelo
preconceito que a enxerga como feia; negra; cara de pobre; frágil - um jabuti
como o meme cruel que circula com a cara dela através do Whats App - é possível
que tenha aproveitado a colossal audiência do JN para angariar os votos que está
buscando...
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