Marina Silva, a candidata da REDE a presidente da República
pela terceira vez, deu um show na entrevista ao Jornal Nacional ontem à noite.
Exorcizou a imagem de mulher frágil.
Não fugiu às perguntas. Com a mão espalmada, soube impor
limite às falas dos jornalistas William Bonner e Renata Vasconcelos. Esteve
todo o tempo no controle.
Ao cabo de 27 minutos de interrogatório, e de mais um para
que dissesse o que deseja para o Brasil, saiu do ar como entrou – sem ter sido
atingida por uma única denúncia de malfeito.
Mas não só. Também sem ter sido pega em contradições, nem
hesitado nas respostas que ofereceu. Sempre haverá críticas ao seu novo
penteado, mas é impossível agradar a todo mundo.
Cobrada insistentemente por não conduzir seu partido com mão
de ferro, a certa altura ensinou sem perder a brandura: “Liderar não é ser dono
de partido, Bonner, é ser capaz de dialogar”.
Falou para os diversos tipos de eleitores, mas especialmente
para as mulheres que em sua maioria rejeitam a candidatura do deputado Jair
Bolsonaro (PSL). Por fim, prometeu:
– Vou fazer um governo de transição. Durante quatro anos, eu
vou governar este país para que a gente possa combater a corrupção, fazê-lo
crescer e ser um país justo para todas as pessoas.
Todos os candidatos dizem coisas parecidas? Bem, mas eles
não disputam prêmio de fantasia na categoria de originalidade.
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